O Ibovespa, principal índice da B3, deu continuidade ao rali da semana passada e subiu 0,59% nesta terça, 26, aos 133.532,92 pontos. Com isso, superou o próprio recorde novamente, pela terceira sessão consecutiva. Apesar da baixa liquidez na volta do feriado de Natal, aumentos dos preços de commodities garantiram altas para as duas maiores empresas da Bolsa de Valores do Brasil, Vale e Petrobras.
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No agregado, a alta de 0,35% de Vale ON e os ganhos da Petrobras, entre 1,61% (preferenciais) e 1,5% (ordinárias), garantiram o desempenho do Ibovespa, que superou os 133 mil pontos pela primeira vez em sua história. Alguns papéis financeiros, como Itaú Unibanco PN (+1,02%) e B3 On (+1,03%), também contribuíram para o resultado.
O minério de ferro avançou 1,34% na Dalian Commodity Exchange, na China, em meio a expectativas pelo anúncio de estímulos à economia no gigante asiático.
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O petróleo subiu mais de 3%, com o contrato futuro do brent retornando para a casa dos US$ 80 por barril, enquanto o mercado continua acompanhando os sinais de tensão no Mar Vermelho.
“Ficamos na inércia, basicamente acompanhando o movimento dos mercados lá fora”, afirma o gestor de renda variável da Western Asset, Naio Ino. “Adicionalmente, tivemos as commodities ajudando a nossa Bolsa, com o petróleo subindo mais de 3% e o minério em alta dando sustentação ao Ibovespa.”
Ibovespa, commodities e cenário internacional
O sinal positivo de Nova York também contribuiu para o desempenho da Bolsa brasileira, com ganhos disseminados dos índices Dow Jones (+0,43%), S&P 500 (+0,42%) e Nasdaq (+0,54%). Pela manhã, o Federal Reserve (Fed) de Chicago informou que o índice de atividade nacional norte-americano subiu a 0,3 em novembro, enquanto o mercado esperava -0,2.
A combinação desses fatores manteve o Ibovespa em terreno positivo durante todo o pregão, entre a mínima de 132.752,96 pontos (0,0%) e a máxima de 133.644,65 pontos (+0,67%), o maior nível da história. O giro financeiro ficou em R$ 13,3 bilhões, pouco acima da metade dos R$ 21 bilhões da última sexta-feira, 22.
Segundo Ino, o desempenho do Ibovespa ainda reflete a entrada dos investidores estrangeiros no Brasil. A recente elevação do rating do país pela S&P e a aprovação das medidas de aumento da arrecadação pelo Congresso pesam positivamente aqui, enquanto a expectativa por cortes de juros nos Estados Unidos (EUA) dá o tom dos mercados, afirma.
Para o economista Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, o aumento dos preços de commodities e o sinal de economia mais forte nos EUA explicam a alta do Ibovespa hoje. Ele também destaca a queda na mediana do relatório Focus, do Banco Central, para a taxa Selic no fim de 2024, de 9,25% para 9%, como um sinal positivo para a Bolsa.
“Mesmo com a queda dos DIs hoje, a curva continua precificando uma Selic maior do que o Focus. Na hora que essa diferença se realizar, tem bastante espaço para a movimentação do Ibovespa”, diz Faust, que trabalha com a expectativa de uma alta do índice a uma marca entre 145 mil e 147 mil pontos em 2024.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado