Depois de notícias darem conta de que a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras havia sido determinada pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Rui Costa, da Casa Civil, a petroleira informou nesta quinta-feira, 4, que ainda não há decisão alguma sobre o pagamentos desses valores.
+ Leia mais notícias do Economia no site da Revista Oeste
Segundo um comunicado da Petrobras, o seu Conselho de Administração propôs à Assembleia-Geral Ordinária, marcada para o próximo dia 25, que o montante de R$ 43,9 bilhões, referente ao lucro remanescente do exercício de 2023, seja integralmente destinado para a reserva de remuneração do capital.
Leia também: “A fritura de Prates na Petrobras”
Contudo, segundo a estatal, a competência para aprovar a destinação do resultado, incluindo o pagamento de dividendos, é da Assembleia-Geral de Acionistas. Só então, “os fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”, informou a nota.
Repercussão na imprensa
O jornal O Globo divulgou nesta semana que ministros do governo concordaram sobre o pagamento dos dividendos extraordinários, antes retidos pelo Conselho de Administração. Segundo com a jornalista Malu Gaspar, espera-se que o presidente Lula (PT) aprove os dividendos extras.
+ Lucro das principais estatais cai 24% no primeiro ano do governo Lula
A imprensa brasileira também especula sobre a possível substituição do comando da petroleira, hoje nas mãos de Jean Paul Prates. Para decidir seu futuro na companhia, o executivo marcou uma reunião com o presidente Lula (PT).
Segundo notícias, há chances de Prates deixar o cargo para Aloizio Mercadante, atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Diante da repercussão dessas informações, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo, na quinta-feira 4, para analisar “notícias, fatos relevantes e comunicados referentes” à Petrobras.