A Americanas fechou quatro lojas no fim de 2023. Entre 25 e 31 de dezembro, a empresa também encerrou 950 contratos temporários.
A informação foi repassada pela própria companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última quinta-feira, 4. No último dia do ano, a Americanas tinha 1.754 lojas pelo país, o que corresponde a 93,2% do registrado antes da recuperação judicial.
Os 950 contratos temporários encerrados representam 80% das demissões registradas, segundo a CNN Brasil. A Americanas também teve 180 pedidos de saída, 40 fins de contratos de experiência e 18 demissões involuntárias.
Americanas diz que seu quadro de funcionários é “sazonal por natureza”
Em comunicado, a empresa disse que “o número absoluto de desligamentos permanece em linha com os períodos anteriores à decretação da recuperação judicial”.
Também disse que “seu quadro de funcionários é sazonal por natureza, variando conforme oscilações do mercado de varejo e com picos nas épocas de datas comemorativas, como Páscoa, Black Friday e Natal”. O relatório também informa que, durante o período, a Americanas realizou pagamentos de R$ 311 milhões e recebeu R$ 429 milhões.
A Assembleia-Geral de Credores (ACG) da Americanas aprovou o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia em 27 de novembro do ano passado. O acordo foi costurado por vários meses com os bancos, os maiores credores da empresa.
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A AGC e a votação foram aprovadas digitalmente. A homologação do plano deve ocorrer a partir de 8 de janeiro, quando termina o recesso do Judiciário. A assembleia, iniciada pouco depois das 14 horas, teve duração de seis horas.
O plano foi aprovado com adesão de 91,14% dos presentes. A capitalização de R$ 12 bilhões proposta no plano de recuperação judicial pode levar o trio de acionistas de referência da Americanas — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — a ter uma participação de 49,3% na rede de varejo. Hoje, eles têm 30,1%.