A Americanas não deve promover demissão em massa até a data da apresentação do plano de recuperação judicial, informou o Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro. A varejista mostrará o plano em 20 de março.
Na sexta-feira 10, a Procuradoria-Geral do Trabalho organizou uma reunião entre os advogados da Americanas, os representantes dos trabalhadores e os integrantes do Ministério do Trabalho. A pauta: avançar na recuperação judicial.
A empresa tem aproximadamente 40 mil funcionários e gera cerca de 60 mil empregos indiretos. Uma nova reunião ocorrerá em 27 de março, às 14 horas, para a discussão dos impactos do plano de recuperação judicial.
Em nota, a varejista informou não ter iniciado nenhum processo de demissão em massa de funcionários. “A Americanas também renovou seu compromisso de manter um relacionamento próximo com os sindicatos e um diálogo produtivo e recorrente sobre questões trabalhistas, mesmo em situações não relacionadas ao processo de recuperação judicial”, comunicou.
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“Fraude corporativa”
Em teleconferência nesta segunda-feira, o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, afirmou que a instituição financeira foi vítima de uma fraude corporativa. O banco é um dos credores da Americanas, com R$ 3,5 bilhões a receber.
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, disse na semana passada que o rombo da varejista é um caso isolado de fraude. O executivo proferiu a declaração durante uma teleconferência do banco, que teve o objetivo de avaliar o balanço do quarto trimestre de 2022.
“É difícil imaginar que estava havendo fraude numa empresa com todas as características que essa empresa tem”, observou Maluhy Filho, sem mencionar especificamente a Americanas. “Mas a gente já vinha reduzindo exposição. À medida que as operações foram vencendo, não fomos produzindo novas — por uma série de razões que não vem ao caso dizer agora.”
O executivo disse que as notícias sobre o escândalo que envolve a varejista estavam provocando desconforto no banco. Isso motivou a instituição financeira a reduzir em R$ 1 bilhão as ações na Americanas.
Leia mais: “A hecatombe das Lojas Americanas”, reportagem de Bruno Meyer publicada na Edição 150 da Revista Oeste
Acreditem se quizer,esperem as festas da pascoa,quando o estoque abaixar,adeus promessas de manter funcionarios.Serao obrigados a demitir,o que irao vender?