A Americanas pediu que a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro reconsidere o fim do sigilo sobre as investigações do rombo contábil de R$ 20 bilhões. A empresa alega que foram juntados aos autos documentos e informações prestadas à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) que contêm dados “confidenciais, sensíveis e sigilosos”.
O pedido da Americanas é para que o fim do sigilo não se estenda aos documentos extraídos de processos que tramitam na CVM, “em que o sigilo se mostra relevante, para não comprometer as investigações realizadas”. O pedido encaminhado à Justiça do Rio de Janeiro é assinado pelos escritórios Basílio e Salomão de advocacia.
Por considerar a situação urgente, “com a possibilidade de dano irreversível, caso seja levantado o sigilo dos documentos apresentados à CVM”, a defesa da Americanas pede que seja suspenso o levantamento do sigilo de forma cautelar, até que seja decidido de forma final o pedido de reconsideração.
No sábado 11, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Tribunal do Rio de Janeiro, determinou o fim do sigilo envolvendo os processos relativos à recuperação judicial da Americanas e também liberou o detalhamento de um financiamento especial que a rede de varejo busca, conhecido como DIP. O empréstimo, de R$ 2 bilhões, foi aprovado pela Justiça do Rio em fevereiro. Os acionistas Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles haviam se comprometido a colocar R$ 1 bilhão. O restante seria captado no mercado, e, com a decisão, o detalhamento não é mais sigiloso.
LOJAS AMERICANAS e Jorge Paulo Lemann querendo esconder seus ROUBOS E FALCATRUAS