A Americanas apresentou aos seus credores financeiros uma proposta de aumento de capital em dinheiro no valor de R$ 10 bilhões. A informação foi divulgada na terça-feira 7.
Os acionistas de referência Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann vão aportar R$ 8 bilhões. Outros R$ 2 bilhões são de financiamento.
Apesar dessa sinalização, a empresa confirmou que até o momento não há um acordo sobre a proposta apresentada, mas espera continuar mantendo “discussões construtivas com seus credores, em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”.
Uma das razões é que não houve uma conclusão, por parte dos credores, de que esse valor será suficiente para sanar o problema financeiro da varejista. Isso não significa que as negociações estagnaram.
No último encontro, realizado em 16 de fevereiro, a varejista apresentou uma proposta de capitalização de R$ 7 bilhões. Para os bancos, um aumento nesse valor, agora para R$ 10 bilhões, abre uma possibilidade de conversar para chegar a um acordo.
A crise da Americanas começou em janeiro deste ano após o então presidente, Sergio Rial, anunciar “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, o que levou a varejista ao processo de recuperação judicial e a dívidas superiores a R$ 40 bilhões.
Como uma empresa que, pelo que se lê na imprensa, tem uma dívida de mais de 40 bilhões de reais quer fechar a conta por 10 bilhões? analisando os balanços da americanas s.a., disponíveis na CVM, de 2017 a setembro de 2022 já dá para se levantar um débito de 22,4 bilhões de reais, considerando dívidas bancárias e com fornecedores.