Um dos símbolos do jornalismo, o antigo Edifício Abril (EDA) será vendido nesta terça-feira, 18, na plataforma Biasi Leilões. A oferta inicial é de R$ 110.553.000. Além do valor da aquisição, quem arrematar a propriedade vai ter de desembolsar uma quantia que pode chegar a R$ 1 milhão para pagar processo de encerramento da Licença de Operação do imóvel, emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. O certame de hoje faz parte do plano de recuperação judicial da empresa, aprovado em assembleia geral de credores em agosto de 2019 e homologado pela Justiça em setembro do mesmo ano. No começo de março, o leilão foi anunciado na revista Veja, a principal publicação da editora. Quem vencer o processo, leva consigo os 55.414 m² de área construída do EDA.
Além das contas a pagar, pesa contra o conglomerado de mídia o crescente êxodo de assinantes. Carro-chefe da Abril, a revista Veja perdeu 285.015 exemplares impressos e digitais em 2020. Representa queda de 52,2% em relação a 2019. Por muito tempo, sua tiragem foi superior a 1 milhão de exemplares por semana. Terminou 2020 com 144.141 cópias em papel, em média, por edição. Dagomir Marquezi, colunista da Revista Oeste, comentou a queda da Abril: “A ‘velha mídia’ está encolhendo. E não só por razões ideológicas. São raros os veículos que conseguiram se adaptar satisfatoriamente à era digital. Ou falar com as gerações mais novas. Muitos não compreenderam os novos modelos de negócios. A ex-maior editora do país, a Abril, é o melhor exemplo dessa incapacidade.”
Leia também: “O tombo da velha mídia”, artigo de Dagomir Marquezi publicado na Edição 54 da Revista Oeste
A mídia que denunciou “os grandes escândalos de corrupção” é a mesma que se lambuzava nos recursos públicos, dá para entender porque eles odeiam o atual mandatário da nação. Quem já teve a oportunidade de ver a tabela dos preços de anúncios sabe que apenas o poder público pagava aqueles valores absurdos, entretanto para o anunciante particular davam até 90% de desconto. O detalhe é que a agência de propaganda levava 20% dos gastos públicos com publicidades, faltou teta para tantos bezerros.
A Abril e principalmente a Veja descobriram tarde demais que comunistas em sua maioria não leem. Vão vender para quem suas revistas impregnadas de ideologia esquerdista?
caia! malditos filhos de Satanás.
Não vejo a hora de assistir este mesmo fim ao Grupo Globo Editores. Chega de tentar subverter as cabeças de nossas crianças e jovens com material “didático” que só servem aos governos anteriores.
Errado, Dagomir – a razão da merecida derrocada desses veículos é, SIM, PURAMENTE ideológica. Ao invés de respeitarem a diversidade de seus leitores, esses editores apoucados decidiram parar de informar para apenas praticar ativismo e doutrinação em favor de um dos lados do espectro político.
Como já advertíamos há muito, a conta agora chegou com juros – revista Época no lixo da história, revista Veja quase acabada, e quiçá em breve, Esquerdão e Foice de SP também. Não deixarão saudades.
Concordo plenamente com sua opinião: É a fatura sendo apresentada.
Carissimo, estarei junto contigo nesta corrente para acabar com esta midia maldita que pensa somente em destruir o pais, não importa o motivo.
Triste ver a Abril reduzida a escombros. A editora foi um instrumento importante de informação e até mesmo de educação nos tempos de Roberto Civita, com os livros, fascículos e kits de experiências da Abril Cultural. Hoje caiu nas mãos de grupos que utilizam as poucas publicações que restaram como instrumento político.