A falta de aeronaves e o atraso de voos da Boeing e da Airbus frustram executivos na maior feira de aviação comercial do mundo, realizada em Farnborough, na Inglaterra. O evento é o Farnborough Airshow e ocorre entre 22 e 26 de julho.
Ambas as fabricantes ainda estão em processo de recuperação dos impactos da pandemia da covid-19, que afetou seriamente a cadeia de suprimentos e levou à demissão de trabalhadores experientes.
A Airbus reduziu seu plano de aumento de produção. Já a Boeing enfrenta sua maior crise depois de um problema com a fuselagem do 737 Max, em janeiro.
Boeing e Airbus: necessidade de corte de custos
Na espera por novos aviões, as companhias aéreas que desejam se expandir enfrentam a necessidade de cortar custos e de cancelar planos de crescimento.
O evento em Farnborough foi marcado por um tom pessimista, mesmo com o compromisso da Korean Air Lines de comprar 50 jatos dos dois maiores modelos de passageiros da Boeing.
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A Korean Air Lines também havia encomendado o A350-1000 da Airbus no início do ano, o que criou uma competição entre as fabricantes para ver quem entrega primeiro.
Os pedidos de aviões de longo alcance dominaram, depois de uma década de prioridade para aeronaves de fuselagem estreita.
Escassez de aviões novos e usados
Os participantes do evento focaram no mercado instável, onde aviões novos e usados estão escassos e os fornecedores ainda enfrentam dificuldades para entregar peças.
“A Boeing trabalha nisso com mais afinco do que acho que já os vi trabalhar em qualquer coisa antes”, afirmou John Plueger, CEO da empresa de aeronaves Air Lease, ao site Bloomberg Línea.
Os atrasos fazem com que algumas companhias aéreas enfrentem dificuldades em planejar rotas e definir a estrutura interna dos aviões.