O aumento da Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira — vai impactar o rendimento da poupança.
Atualmente a Selic está em 7,75% ao ano. Mas a aposta do mercado é que Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) determine um novo aumento na próxima reunião, em 7 e 8 de dezembro. Com isso, a taxa básica de juros poderia terminar o ano acima dos 9%.
Essa mudança alteraria a remuneração da poupança, aumentando o rendimento nominal.
Segundo a regra do BC, quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano o rendimento da poupança é de 70% da Selic mais a taxa referencial (TR), que está zerada.
Já quando a taxa básica de juros é superior a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança passa a ser de 0,5% ao mês mais a TR.
Ou seja, caso se confirme a Selic acima dos 9%, a segunda regra passará a valer, elevando o rendimento para 0,5% ao mês — atualmente, a poupança rende 0,44% ao mês.
Apesar da mudança na remuneração, o investimento que é feito na caderneta de poupança continuaria menos atraente do que em outras aplicações de renda fixa.
A poupança se popularizou entre os brasileiros por ser considerada menos arriscada e não ter incidência de Imposto de Renda.
“Há uma questão comportamental de se investir na poupança no Brasil. Muitas vezes o próprio investidor não busca mais informações ou, então, acha que não é para ele investir em outras aplicações. Mas é muito mais vantajoso investir em outras aplicações de renda fixa, como o Tesouro Selic”, disse Camilla Dolle, da corretora XP em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
“Mesmo para os investidores mais conservadores, existem outras opções de investimento, que possibilitam rentabilidades maiores.”