Desde que as apostas esportivas foram legalizadas, em 2018, o Brasil viu um aumento significativo no número de empresas de apostas, conhecidas como bets. Estima-se que atualmente existam cerca de 2 mil empresas em atuação no mercado interno.
De acordo com a plataforma SEMRush, que baseou seu ranking nos acessos dos últimos 12 meses, as líderes no Brasil são Bet 365, Betano e Betfair.
No ano passado, mais de 300 empresas movimentaram entre R$ 60 bilhões e R$ 100 bilhões em apostas, quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a Strategy& Brasil, consultoria da PwC.
O Brasil já é o terceiro maior mercado de apostas on-line do mundo, e as projeções revelam que esse número pode crescer ainda mais. Para 2025, a consultoria prevê que o faturamento com jogos on-line chegue a R$ 130 bilhões no país.
A maior parte dessas empresas possui sede no exterior, em lugares como Reino Unido, Grécia e Gibraltar. No Brasil, a operação é frequentemente gerida por sócios locais ou executivos contratados. Seus sites oferecem apostas esportivas e jogos de cassino on-line, incluindo jogos populares como o “tigrinho” e o “aviãozinho”.
Como em outros países, as empresas de apostas têm uma presença forte no marketing esportivo, patrocinando times de futebol e campeonatos. Por exemplo, a Betano patrocina o Brasileirão 2024 e o Atlético Mineiro, além de outros clubes na América Latina.
Regulamentação das bets
Recentemente, o governo regulamentou o setor para limitar o crescimento descontrolado das empresas de apostas. A partir de 2025, será necessário pagar uma licença de R$ 30 milhões para operar no Brasil durante cinco anos, permitindo até três marcas por empresa.
Essa regulamentação faz parte de uma legislação abrangente, baseada em modelos internacionais. O objetivo é regular o setor e captar recursos para o governo. Empresas que operarem ilegalmente poderão ser multadas em até R$ 2 bilhões.
Especialistas projetam que, com a regulamentação, fundos de investimento passem a adquirir empresas ou incentivem startups do setor. A legislação também deve remover empresas que não estejam em conformidade, reduzindo o número de companhias atuantes no país.
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