A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, decidiu se retirar da Net Zero Asset Managers Initiative (Nzam), iniciativa climática patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Nzam foi lançada em 2021 e reúne empresas do mundo inteiro que atuam para alcançar a neutralidade de carbono reduzindo as emissões de CO2.
A decisão da BlackRock segue a de seis outros gigantes do mercado financeiro, como
- Goldman Sachs
- Wells Fargo
- Citi
- Bank of America
- Morgan Stanley
- JPMorgan Chase
que se retiraram da iniciativa da ONU no mês passado.
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O principal concorrente da BlackRock Vanguard Group saiu da mesma aliança no final de 2022.
Em julho, a iniciativa da ONU contava com mais de 325 membros, totalizando US$ 57,5 trilhões em ativos sob gestão.
BlackRock já foi emblema de ESG no mercado financeiro
A reviravolta da BlackRock é particularmente notável, pois a empresa já foi o emblema do movimento de investimentos ligados a políticas ESG, acrônimo inglês das palavras ambiental, social e de governança.
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Mas esse movimento está começando a sofrer revés. Várias empresas estão se afastado amplamente de iniciativas relacionadas à mudança climática, equidade e inclusão da diversidade antes do início do segundo governo Trump.
O presidente eleito Donald Trump chamou a mudança climática de “farsa” e deveria revogar leis ligadas a esse assunto.
Ambientalismo e violação da concorrência
No final do ano passado vários estados americanos governados pelo Partido Republicano processaram os fundos que estão atuando políticas ESG, considerando essas práticas em violação das leis de proteção da concorrência, influenciavam negativamente o desenvolvimento do setor de combustíveis fósseis e provocaram um aumento de preços.
“A nossa adesão a estas organizações causou confusão relativamente às práticas da BlackRock e submeteu-nos a investigações por parte de vários órgãos pública”, explicou a empresa em uma carta explicando a saída do grupo da ONU.
Além disso, juntamente com outras empresas, a BlackRock foi citada num relatório do Comité Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA que afirma ter encontrado “evidências de conluio e comportamento anticompetitivo” por parte do setor financeiro para “impor objetivos ESG radicais” às empresas americanas.
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A BlackRock sempre negou qualquer irregularidade e disse que “o processo desencoraja o investimento em empresas nas quais os consumidores confiam”.
Atualmente a BlackRock administra cerca de US$ 12 trilhões em ativos de seus clientes, uma alta de 26% em relação ao ano anterior.