Empresa norte-americana enfrenta mais grave crise de sua história, com dois acidentes e paralisação do setor aéreo pela crise do coronavírus
A Boeing anunciou nesta sexta-feira que encerrou as negociações de compra da área de aviação comercial da Embraer. As empresas tinham um acordo no valor de US$ 4,2 milhões desde julho de 2018 e, com isso, a empresa brasileira fica numa posição financeira bastante delicada.
No entanto, segundo a norte-americana, foi a própria Embraer a responsável pela não conclusão do negócio, ao não atender a condições necessárias para a sequência do acordo, sem, no entanto, especificar quais seriam elas.
“A Boeing trabalhou de forma diligente por mais de dois anos para finalizar a transação com a Embraer. Nos últimos meses, tivemos produtivas, mas, em última instância, malsucedidas negociações sobre as condições da parceria”, afirmou o presidente da Embraer Partnership & Group Operations da Boeing, Marc Allen. “Todos nós trabalhamos para resolver esses pontos antes do prazo, mas não aconteceu. É extremamente decepcionante. Mas chegamos a um ponto no qual a continuidade das negociações não iria resolver os problemas restantes.”
Vale ressaltar que a companhia norte-americana passa pela mais grave crise de sua história, após dois de seus 737-MAX — a principal aeronave da fabricante — se acidentarem e o setor aéreo ficar paralisado devido à crise do coronavírus.
O prazo-limite para uma das partes romper o acordo era ontem.
A Boeing e a Embraer vão manter sua parceria já existente, assinada em 2012 e renovada em 2016, para a fabricação e o apoio conjunto da aeronave militar C-390 Millennium.