O BTG Pactual anunciou, nesta segunda-feira, 3, a compra do Banco Nacional, em liquidação extrajudicial desde 1995. O BTG, que repete as aquisições anteriores como Bamerindus e Banco Econômico, vai assumir os ativos e os passivos do Banco Nacional.
A operação depende do fim do regime de liquidação extrajudicial, depois de a liquidação ou do saneamento dos passivos financeiros.
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A família Magalhães Pinto, fundadora do Nacional, propôs um aumento de capital de R$ 1,5 bilhão em novembro de 2023. Além disso, a família vinha sob negociação com o BTG.
Em comunicado, o BTG informou que ambas as partes chegaram a um acordo. “A operação faz parte da estratégia de investimentos da área de Special Situations do BTG Pactual.”
Estratégia de investimentos do BTG
A área de Special Situations do BTG é focada na aquisição e na recuperação de carteiras de créditos inadimplidos (descumpridos) e compra de ativos financeiros alternativos.
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O BTG utiliza a carteira de crédito dessas instituições, que incluem títulos devidos pelo Tesouro, Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), precatórios e créditos tributários.
História do Banco Nacional
O Banco Nacional, que sofreu uma intervenção do Banco Central (BC) em novembro de 1995 em razão de um rombo de US$ 9,2 bilhões, foi um dos maiores casos de fraude bancária no Brasil. O esquema envolvia maquiar balanços e usar mais de 600 contas fantasmas para simular saúde financeira.
O Nacional foi dividido em duas partes, com a parte saudável adquirida pelo Unibanco em 1996, com um empréstimo de R$ 7,2 bilhões do BC.
O banco também patrocinou a carreira de Ayrton Senna entre 1984 e 1994, como pioneiro no marketing esportivo. Em 1996, dirigentes do Nacional foram denunciados por crimes como gestão fraudulenta e formação de quadrilha.
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Vocês não sabem da missa a metade deste poderoso esquema de poder que envolvia a reeleição do FHC.
Vários personagens ainda estão por aí…
Será mesmo que houve fraude? Se sim, porque havia recolhimento de impostos?