O calote da Americanas pôs em risco a operação de mais de 6 mil micros, pequenas e médias empresas, que têm quase R$ 1 bilhão para receber da varejista, informou o jornal Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira, 13.
Sem receber e com o caixa desfalcado, algumas companhias já começam a reduzir a produção e a fazer cortes no quadro de funcionários.
Os cálculos foram feitos com base na lista de credores entregue à Justiça e incluem diversos setores, como alimentos, indústrias, editoras de livros, prestadoras de serviços de TI e manutenção.
A Americanas deve quase R$ 110 milhões às pequenas e microempresas, que podem ter impacto maior que as médias.
A Ingram Micro Brasil, distribuidora de produtos e serviços de tecnologia da informação, é a maior credora entre as consideradas pequenas empresas listadas no documento oficial da Americanas.
Na lista entregue à Justiça, há fornecedores que já receberam parte dos valores, mas continuavam como credores, e também algumas empresas que não foram incluídas no montante — o que reforça “inconsistências contábeis” reportadas por Sergio Rial, ao deixar a presidência da varejista.
O rombo da Americanas foi anunciado na primeira quinzena de janeiro e já provoca um efeito dominó entre os pequenos e médios fornecedores. Alguns estão reduzindo as operações, demitindo funcionários e buscando financiamento bancário para tentar compensar o desequilíbrio provocado pela suspensão dos pagamentos, por causa do pedido de recuperação judicial.
“É como se alguém tivesse entrado na minha empresa, tirado 35% do meu caixa e saísse andando pela porta da frente”, disse um empresário, sob anonimato, ao Estadão. “É mais ou menos dessa forma como eu me sinto.”
Eu sou um desses fornecedores. O mais desagradável foi receber uma carta das Americanas com ameaças de que caso eu suspenda os serviços, terei que pagar uma multa diária exorbitante. A carta é sumamente arrogante e trata os credores como subalternos. A postura da empresa é um acinte!
Como vi em certas reportagens, negociação com a Americanas chegam a ser faraônicas pois a empresa exigiam fornecedores venderem com prazos de até 6 meses. É um baita capital que os fornecedores teriam de ter.
O uso do prefixo micro – de microempresa – no plural está errado no título e início da péssima notícia para as micro, pequenas e médias empresas que dependem de pagamentos das Lojas Americanas.
Aí estâ a razão de terem feito o L.