O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esclareceu alguns ruídos sobre a Selic causados por uma fala feita durante reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele falou sobre a taxa básica de juros do Brasil na quarta-feira 18.
Durante as reuniões na última semana, o presidente do Banco Central teria se pronunciado sobre as chances de o ritmo de corte da Selic caírem.
A taxa básica de juros teria mais chances de cair 0,5 ponto percentual (pp) para 0,25 pp do que as chances de subir para 0,75 pp.
A fala de Campos Neto estaria sugerindo uma redução no ritmo de afrouxamento da política monetária do país.
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No mesmo dia da fala do presidente do Banco Central, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que conversaria com Campos Neto sobre o pronunciamento.
“Não tive a oportunidade de conversar com ele ainda, porque o contexto em que ele falou, eu preciso entender melhor”, afirmou o ministro.
Campos Neto reforça sigilo das informações sobre Selic
O economista reforçou que, se um dia o Banco Central fosse passar uma mensagem como essa, não seria em uma reunião como aquela do FMI.
“Em nenhum momento falei nada nem remotamente parecido com o que foi interpretado, de que a probabilidade de uma coisa era maior que outra”, disse Campos Neto durante um evento do banco suíço UBS.
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Para evitar mal-entendidos futuros, o Banco Central e o Ministério da Fazenda podem trabalhar para aprimorar a clareza e a transparência nas comunicações.
A direção dos juros é relevante, pois tem o potencial de influenciar expectativas do mercado em relação à economia em geral.
A Selic é um instrumento-chave da política monetária no Brasil, e mudanças em sua trajetória podem impactar nos investimentos, no consumo e na inflação.