A desestatização da Sabesp, concluída na terça-feira 23, em São Paulo, representa um passo importante para a universalização do saneamento básico, avaliou a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em nota, os industriais disseram que isso melhora a saúde e a qualidade de vida da população e, consequentemente, gera desenvolvimento econômico e social do Brasil. Além disso, o privatização da Sabesp abre um novo ciclo de leilões e confirma a atratividade do setor para a iniciativa privada.
+ Tarifas reduzidas da Sabesp entram em vigor
“Os investimentos em saneamento têm potencial de alavancar a economia local, por meio da criação de empregos e renda para a população, e de contribuir para a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, têm efeito multiplicador em uma longa cadeia produtiva”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI, por meio de nota na terça-feira.
+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste
Saneamento básico ainda é precário no país, diz CNI
A CNI alertou, no entanto, para o fato de que, apesar dos 45 leilões de concessões de água e esgoto já realizados no país desde a aprovação do novo Marco Legal do Saneamento, o cenário atual ainda é precário.
Na avaliação da entidade, é necessário ao país mais do que dobrar os investimentos anuais para atender os 32 milhões de brasileiros que vivem sem acesso à água potável e os mais de 90 milhões sem coleta de esgoto.
O processo de privatização da Sabesp foi concluído na terça-feira. Na semana passada, o Grupo Equatorial cumpriu com as exigências previstas na oferta pública inicial e adquiriu o bloco prioritário de 15% das ações da companhia. Para tanto, desembolsou quase R$ 7 bilhões.
Com o novo contrato, entram em vigor a antecipação das metas de universalização e o Plano Regional de Saneamento Básico, que prevê investimentos de R$ 260 bilhões até 2060. Desse total, quase R$ 70 bilhões serão aplicados até 2029 para levar água potável, tratamento e coleta de esgoto para toda a população.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado