O Banco Central anunciou na última segunda-feira, 23, que realizará um leilão de dólares nesta quinta-feira, 26. O objetivo é vender até US$ 3 bilhões. Essa intervenção busca reduzir a recente alta do dólar em relação ao real. Nos últimos 30 dias, a moeda norte-americana valorizou-se 1,78%.
Até o momento, o governo já comercializou US$ 25,8 bilhões em dezembro, nas modalidades de venda à vista ou em linha. Esse valor equivale a R$ 159,83 bilhões, considerando a cotação de segunda-feira. Desde 12 de dezembro, o Banco Central realizou sete leilões. O montante leiloado vem das reservas internacionais, ou seja, dos ativos do Brasil em moeda estrangeira.
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O Banco Central anunciou o novo leilão depois de cancelar a operação prevista para a sexta-feira 20. O leilão não ocorreu porque não recebeu propostas. O Banco Central esclareceu que a anulação não foi causada pela baixa demanda. A razão foi “problemas de sistema”.
A venda de dólar possui base em teoria econômica
A venda de dólares pela autoridade monetária brasileira tem base em uma teoria econômica. Ao aumentar a oferta de dólares, espera-se reduzir o valor da moeda norte-americana, o que ajuda a valorizar o real em relação ao dólar.
Os leilões do Banco Central ocorrem em diferentes formatos. O mais comum é a venda à vista, em que o Banco Central oferece diretamente a moeda das reservas internacionais. Outro formato é o swap cambial, que envolve derivativos e funciona como uma injeção de dólares no mercado futuro.
A recente valorização do dólar é reflexo da desconfiança em relação à política fiscal conduzida pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.