Em meio à escalada nas tensões entre Rússia e Ucrânia, os preços do petróleo negociados no exterior seguem sua trajetória de alta recorde nesta quinta-feira, 27.
O barril de petróleo tipo Brent (referência para a Petrobras) supera a marca dos US$ 90 — na véspera, já havia alcançado o maior patamar em oito anos.
O preço do barril WTI (produzido nos Estados Unidos) também está no nível mais alto desde 2014.
Por volta das 10h30 (pelo horário de Brasília), o preço do contrato para março do petróleo tipo Brent registrava alta de 0,7%, negociado a US$ 90,5 o barril.
Já o contrato para o mesmo mês do tipo WTI avançava 0,65%, com o barril negociado a US$ 88.
As elevações no preço acontecem mesmo com a indicação do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), de que a subida da taxa básica de juros da economia norte-americana deve ocorrer já em março.
“A crise na Ucrânia está impedindo uma queda mais pronunciada nos preços, pois permanecem as preocupações de que as entregas russas de petróleo e gás possam ser prejudicadas no caso de uma escalada militar”, analisa o Commerzbank.
Como noticiado por Oeste, a Rússia iniciou na quarta-feira 26 uma série de exercícios militares em áreas próximas à fronteira com a Ucrânia. Em resposta, os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reforçaram o envio de equipamentos militares a Kiev.
No momento, há três exercícios com tropas e aviões ocorrendo em flancos distintos da Ucrânia, o que reforça o lembrete de Vladimir Putin sobre o que poderia ser feito pelo Kremlin para deixar Kiev de fora do guarda-chuva militar das potências ocidentais.
O impasse nas negociações entre EUA e Rússia sobre a situação geopolítica da Ucrânia deixou a Europa à beira de um conflito bélico. As saídas diplomáticas estão se esgotando e a possibilidade de uma guerra não está descartada. Clique aqui para ler a reportagem completa.