O boom do comércio eletrônico depois da pandemia perdeu força neste ano após a euforia nas vendas de 2020. As vendas nesse setor recuaram pela primeira vez em abril (-6,4%) e maio (-1%), na comparação com o mesmo período de 2021, segundo dados de vendas mensais da consultoria de pesquisas MCC/Neotrust.
Segundo os especialistas, era projetado um desaquecimento nas vendas, mas não recuos seguidos, como foram registrados. E isso ocorre não só pela base de comparação forte de 2021 e a volta do comércio nas lojas, mas há efeito da perda de renda e alta inflação nos preços.
As principais varejistas: Americanas, Mercado Livre, Magazine Luiza e Via vêm crescendo em ritmo menor neste ano em comparação a 2021. A Shopee estaria mantendo ritmo pela base de vendas menos madura.
A estimativa no começo do ano era de uma alta no faturamento on-line de 8%. Agora, depois das revisões, segundo a consultoria, a expectativa é de um crescimento de 5% (R$ 169 bilhões).
De acordo com o relatório do banco Credit Suisse, a expansão de 20% ao ano nas vendas pelas plataformas de comércio eletrônico caiu, até 2025, para 16%.