O Índice de Confiança da Indústria (ICI), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), registrou uma queda de 0,9 ponto em março, atingindo 96,5 pontos. Já na análise de médias móveis trimestrais, o índice apresentou um avanço de 0,3 ponto, alcançando 97,1 pontos. As informações foram divulgadas pela fundação na terça-feira 26.
Em março, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela sondagem. O resultado reflete piora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses.
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Depois de seis altas consecutivas, o Índice Situação Atual (ISA) caiu 1,4 ponto, para 96,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,4 ponto, para 96,4 pontos.
“Apesar do resultado negativo em março, há uma perspectiva mais positiva relacionada a contratações, embora as expectativas sejam de cautela no que diz respeito à produção”, disse Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE. “O cenário macroeconômico de quedas na taxa de juros, descompressão de custos e o bom momento do mercado de trabalho ainda não causaram um impacto substancial nos segmentos da indústria.
O economista também conta que o desenvolvimento da nova política industrial e da reforma tributária podem gerar ganhos de confiança do setor. “Esses serão fatores chaves para a retomada do crescimento na indústria que ainda luta para manter o ritmo da atividade observada no último trimestre de 2023”.
Além da confiança da indústria, outros índices também caíram
No último mês, o principal fator que contribuiu para a queda do Índice de Sentimento da Indústria (ISA) foi o nível de estoques, que piorou em 2,5 pontos, chegando a 102,5 pontos e mantendo-se próximo do nível neutro. De acordo com o FGV, quando esse indicador ultrapassa os 100 pontos, significa que a indústria está operando com estoques excessivos.
Da mesma forma, o indicador que avalia a demanda atual caiu 1,2 ponto, atingindo 93,9 pontos. Em uma escala menor, a situação atual dos negócios também diminuiu 0,5 ponto, chegando a 98,5 pontos, quebrando uma sequência de seis altas consecutivas.
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Quanto às expectativas, houve uma piora nas previsões sobre a produção nos próximos três meses, mas uma melhora na tendência dos negócios e na intenção de contratações. O indicador de produção futura caiu 2,6 pontos, alcançando 94,8 pontos.
A tendência dos negócios nos próximos seis meses aumentou 0,7 ponto, atingindo 95,0, com um aumento acumulado de 7,1 pontos desde agosto de 2023. O indicador de intenção de contratações subiu 0,5 ponto, chegando a 99,6 pontos.
Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) aumentou 0,5 ponto porcentual em março, atingindo 81,3%.
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