Nesta terça-feira, 24, o senador Alessandro Vieira (MDB) apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma representação contra as alterações no estatuto da Petrobras.
As mudanças permitiriam novamente nomeações políticas para cargos executivos e do conselho da companhia.
O senador afirmou que os acionistas minoritários manifestaram a necessidade de esclarecimentos imediatos depois da incerteza de quando as mudanças estatutárias se tornariam públicas.
Os esclarecimentos deveriam vir pelos conselheiros indicados pelo Executivo em respeito à comunicação ao mercado, depois das mudança de direção da Lei das Estatais.
Leia mais: “Petrobras quer mudar estatuto e permitir nomeações políticas”
Os minoritários suscitaram a precariedade da decisão monocrática do ex-ministro Ricardo Lewandowski, que derrubou as restrições da referida lei. Dentre estas, as nomeações de ministros de Estado e funcionários com cargo de confiança, bem como de representantes de partido.
Congressistas comentam sobre queda rápida no valor da Petrobras
A deputada Adriana Ventura (Novo) comentou sobre o valor de perda de mercado em cerca de R$ 32,3 bilhões da Petrobras em um único dia.
A queda representa 6% do valor de mercado da Petrobras, e Vieira ratificou na representação o valor divulgado nesta segunda-feira, 23.
Na representação, Vieira menciona que os minoritários perderam a votação no conselho por 6 votos a 4. Em virtude de impactos sobre o valor das ações, os acionistas reivindicaram que prontamente comunicassem as mudanças ao mercado.
Leia também: “Deputado critica governo Lula e entra com ação para impedir mudança do estatuto da Petrobras”
“É o cumulo o governo federal querer tirar um atribuição técnica da diretoria da Petrobras”, afirmou o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) a Oeste. “Com certeza, a irresponsabilidade que esse governo do PT teve em outros mandados é a mesma em querer adotar essa postura de indicação política na diretoria da Petrobras.”
Sobre a aprovação da mudança pelo conselho da empresa, Vieira disse:
“Os diretores da Petrobras presentes na reunião, segundo a matéria, evitaram se comprometer, argumentando que a divulgação poderia ser feita apenas quando a assembleia de acionistas fosse marcada, ou seja, apesar de já aprovadas pelo conselho, alterações estatutárias precisariam ser aprovadas em assembleia, ainda sem data marcada.”