O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual.
Na decisão desta quarta-feira, 2, a instituição financeira baixou o índice para 13,25% ao ano. O encontro teve a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Fiscal, Gabriel Galípolo. Este último é indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Trata-se do primeiro corte da taxa básica de juros em três anos. A última queda havia ocorrido em agosto de 2020, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano. Em comunicado pós-reunião, o Copom afirmou que o corte teve como base a desaceleração da inflação.
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“O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária.”
Nos meses de maio e junho, a inflação oficial do país registrou alta de 0,23% e, em seguida, queda de 0,08%. Esse impacto possibilitou ainda a previsão de mais cortes no futuro, segundo o Copom. Nas próximas reuniões, a Selic pode ter um “redução da mesma magnitude”.
Como votaram os membros do Copom sobre a taxa básica de juros
Segundo a nota divulgada pelo Copom, cinco diretores votaram a favor do corte de 0,5 ponto porcentual. Quatro se manifestaram por uma redução de 0,25% na taxa básica de juros.
Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual:
- Roberto Campos Neto;
- Ailton de Aquino Santos;
- Carolina de Assis Barros;
- Gabriel Galípolo; e
- Otávio Ribeiro Damaso.
Votaram pela redução de 0,25 ponto percentual:
- Diogo Abry Guillen;
- Fernanda Magalhães Rumenos Guardado;
- Maurício Costa de Moura; e
- Renato Dias de Brito Gomes.
O Copom é formado pelo presidente do BC e por outros oito diretores da instituição. As reuniões acontecem a cada 45 dias, para definir o patamar da taxa Selic. Neste ano, o comitê ainda deverá se reunir outras três vezes.
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