A agência de risco Fitch rebaixou a classificação de crédito do governo dos Estados Unidos. A informação foi divulgada na terça-feira 1º.
O órgão destacou o aumento da dívida federal, estadual e dos municípios e uma “deterioração constante nos padrões de governança” nas últimas duas décadas para justificar a decisão.
A classificação foi reduzida de um nível de AAA (a mais alta possível) para AA+. Apesar do rebaixamento, o novo patamar da economia dos EUA ainda está em grau de investimento.
A decisão da agência de risco mostra como os repetidos impasses do governo de Joe Biden sobre gastos e impostos podem acabar custando caro aos contribuintes norte-americanos.
A Fitch citou o agravamento das divisões políticas em torno dos gastos e da política tributária como um dos principais motivos de sua decisão.
A agência ainda explicou que a governança dos EUA diminuiu em relação a outros países com classificação alta e observou “impasses repetidos de limite de dívida e resoluções de última hora”.
Última vez foi em 2011
A classificação de crédito do governo dos EUA foi rebaixada pela agência Standard & Poor’s pela última vez em 2011, após um impasse sobre o teto da dívida semelhante ao que ocorreu neste ano.
As classificações de crédito reduzidas ao longo do tempo podem aumentar os custos de empréstimos para o governo dos EUA.
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O Government Accountability Office, em um relatório de 2012, estimou que o impasse orçamentário de 2011 elevou os custos de empréstimos do Tesouro em US$ 1,3 bilhão (por volta de R$ 6,3 bilhões) naquele ano.
Economia dos EUA à beira da recessão
Outro fator que pesou na decisão da Fitch é a projeção de que a economia dos EUA entre em uma “recessão leve” nos últimos três meses deste ano e no início de 2024.
Economistas do Federal Reserve fizeram uma previsão semelhante em junho, mas a reverteram no mês passado e disseram que o crescimento diminuiria, mas uma recessão provavelmente seria evitada.
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“Discordo veementemente da decisão da Fitch Ratings”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em comunicado. “A mudança anunciada é arbitrária e baseada em dados desatualizados.”
Alguém ainda acredita nestas agências de risco e das empresas de auditoria ?
Fiquei muito feliz com a noticia por começar a botar agua no chopp do Biden. Por outro lado é difícil acreditar nestas agencias de risco depois que melhoraram a nota do Brasil com o molusco no governo… Nada técnico… tudo interesses.