A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, iniciou um processo administrativo sancionador contra a KPMG e sua sócia Carla Bellangero, relacionado à fraude contábil na Americanas.
A KPMG auditou os balanços da varejista em parte do período suspeito de fraude. O processo foi instaurado em 26 de novembro de 2024, já com uma acusação formulada que aguarda julgamento. A peça acusatória não é pública, portanto, detalhes sobre a acusação são desconhecidos.
O caso está na fase de citação dos acusados e é conduzido pela Gerência de Controle de Processos Sancionadores da CVM.
Americanas não se pronunciou sobre o caso
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Quando contatada, a KPMG informou ao jornal Valor Econômico que, “por motivos de cláusulas de sigilo e regras da profissão, está impedida de se manifestar sobre casos envolvendo clientes ou ex-clientes da firma”.
A Americanas decidiu não comentar o caso. Carla Bellangero também não respondeu aos pedidos de comentário do Valor.
O processo teve origem em uma investigação iniciada pela Superintendência de Normas Contábeis e Auditoria (SNC) em 2023, depois da divulgação do rombo bilionário em 11 de janeiro daquele ano.
A investigação visava a verificar possíveis irregularidades na atuação da KPMG como auditora da Americanas S.A. durante os exercícios de 2017 e 2018.
Outros processos em andamento
Este processo se soma a outros dois já em andamento na CVM, relacionados a ex-diretores da companhia. Um desses processos, julgado em dezembro do ano passado pelo colegiado da CVM, envolvia o ex-diretor presidente da Americanas, Sergio Rial (União Brasil-PR), e o ex-diretor de relações com investidores, João Guerra.
Os dois foram acusados de “inobservância do dever de sigilo e de informar”. Sergio Rial foi absolvido, enquanto João Guerra foi condenado a pagar uma multa de R$ 340 mil. O segundo processo acusa oito ex-executivos da Americanas de suposto uso de informação privilegiada, conhecido como “insider trading”, incluindo os ex-diretores Miguel Gutierrez e Anna Saicali.
Este ainda não foi a julgamento e não há previsão de data. Além disso, a CVM encerrou um processo sancionador contra a diretora de Relações com Investidores Camille Loyo Faria, aceitando um termo de compromisso de R$ 2,4 milhões para encerrar o caso.
Na mesma ocasião, os diretores da CVM recusaram as propostas de acordo feitas por Sergio Rial, no valor de R$ 1,28 milhão, e por João Guerra, no valor de R$ 600 mil.
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Lerman e seus capachos , Simone tebet é uma escrava desse cara.
deviam abrir processos contra o membros do comite de auditoria e conselheiros que logicamente pelo tamanho da fraude nao cumpriram com seu dever