O setor público consolidado registou um déficit primário de R$ 18,1 bilhões em setembro, frente ao superávit de R$ 10,7 bilhões no mesmo período de 2022. O dado foi o pior desempenho das contas consolidadas do país para o mês desde 2020.
Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira, 8. No resultado, houve déficits de R$ 16,5 bilhões no governo federal, R$ 1,1 bilhão nos governos regionais e R$ 500 milhões nas empresas estatais.
De acordo com o BC, nos últimos 12 meses, o setor registrou um déficit de R$ 101,9 bilhões, o equivalente a 0,97% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso representa um aumento de 0,27% ao déficit acumulado até agosto.
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O montante dos juros nominais do setor público consolidado somou R$ 81,7 bilhões ante R$ 71,4 bilhões no mesmo período de 2022. No acumulado em 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 699,7 bilhões, equivalente a 6,65% do PIB, em setembro deste ano.
No mesmo período do ano anterior, o montante somou R$ 592,0 bilhões, ou 6,14% do PIB. O resultado nominal do setor público consolidado foi deficitário em R$ 99,8 bilhões no mês de setembro.
Dívida líquida do setor público atinge R$ 6,3 trilhões
A dívida líquida do setor público atingiu 60% do PIB em setembro, somando R$ 6,3 trilhões. O aumento equivale a 0,1 ponto percentual do PIB no mês. Essa elevação refletiu no déficit primário, na desvalorização cambial de 1,7% e no efeito da variação do PIB nominal.
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Já a dívida bruta atingiu 74,4% do PIB, somando R$ 7,8 trilhões. Ela inclui o governo federal, INSS e governos estaduais e municipais.
A diferença entre os dois tipos de dívida são os ativos do governo. A dívida líquida do governo geral (federação, Estados e municípios) exclui a autoridade monetária e as estatais não dependentes.
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Este desgoverno só nos dá más notícias.