As ações do Deutsche Bank desabaram nesta sexta-feira, 24, em mais um capítulo da crise dos bancos. Dessa vez, a preocupação do mercado é com a saúde financeira do banco alemão. Os papéis se recuperaram um pouco no decorrer do dia e fecharam em queda de 8,5% na Bolsa de Frankfurt.
O CDS (uma espécie de seguro contra calotes) da instituição subiu de 142 pontos para mais de 200 pontos, o maior patamar em quatro anos, realimentando os temores globais com a crise dos bancos e a saúde do sistema financeiro mundial.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, se pronunciou sobre o caso, e disse que “não há razão para se preocupar” com a situação do Deutsche Bank. Segundo ele, o banco se tornou “muito lucrativo” depois de modernizar seus negócios.
Líderes da União Europeia (UE) também minimizaram o risco de uma crise bancária se desenvolver a partir da recente turbulência financeira global e atingir a economia do continente com ainda mais força.
Após uma reunião em Bruxelas, os chefes de governo da UE disseram que os credores na Europa estão em boa saúde e em posição de resistir a uma combinação de aumento das taxas de juros e desaceleração do crescimento econômico.
“O sistema bancário está estável na Europa”, afirmou Scholz, após a cúpula. Já o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse que, “no geral, acho que estamos em boa forma”.
Temor com a crise dos bancos
Nas últimas semanas, o sistema bancário global vem sendo foco de investidores ao redor do mundo, especialmente após o anúncio da falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank — ambos nos EUA.
O temor sobre a saúde financeira global aumentou com o caso do Credit Suisse, resultado de uma série de eventos e um processo de reestruturação da instituição.
O banco esteve envolvido em crises nos últimos anos. As incertezas sobre o negócio já refletiam no aumento da percepção de risco do Credit Suisse pelas agências que avaliam empresas globalmente. O banco passou por vários rebaixamentos seguidos, mostrando que as casas já viam certa deterioração na qualidade de crédito da instituição.
A crise atual teve seu estopim em 14 de março, quando as ações chegaram a cair 24% em um único dia, depois do Saudi National Bank, seu maior acionista, anunciar que deixaria de injetar capital no banco suíço.
No domingo 19, o UBS comprou o Credit Suisse, por US$ 3,25 bilhões (o equivalente a R$ 17 bilhões). A decisão foi tomada para agilizar a negociação e evitar consequências para o sistema financeiro internacional.
Ora, nada disso atrapalha o humor dos brasileiros fazendo churrasco de picanha e tomando uma cervejinha gelada (nem sempre comprada com a venda de celulares de terceiros).
Essa m… será geral… Todo mundo vai perder. Menos a Dilma. E o marginal.
Esperamos que não haja um “efeito dominó”, arrastando o sistema financeiro europeu para a bancarrota.
Uma crise, neste momento, teria proporções preocupantes.
Quem acredita em desgovernadores, ainda mais europeus?