O dólar à vista encerrou, nesta sexta-feira, 7, com uma alta significativa de 1,44%, a R$ 5,32 na venda. Este valor representa o maior fechamento desde 5 de janeiro de 2023. Durante a semana, a moeda acumulou um aumento de 1,4%.
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As cotações tiveram influência do fortalecimento da moeda norte-americana no exterior. Isso depois de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos indicarem que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, deve realizar apenas um corte de juros em 2024. Além disso, os investidores mostraram preocupação com a área fiscal no Brasil.
Movimento do dólar futuro
Na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, às 17h21, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento teve uma alta de 1,25%, sendo negociado a R$ 5,33. O dólar à vista registrou o fechamento mais alto em mais de um ano, que refletiu a reação do mercado a fatores externos e internos.
Ibovespa volta à mínima e dólar bate recorde depois de declarações de Fernando Haddad
O principal índice da B3, o Ibovespa, caiu 1,73% nesta sexta-feira, e chegou à mínima de 120.767 pontos. Esse é o pior resultado dos últimos seis meses, depois das declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O Ibovespa já operava no vermelho desde a abertura, o que reflete a aversão ao risco do mercado internacional.
A negativa aprofundou as perdas no meio da tarde, com as falas de Haddad sobre a mudança da meta de inflação para o próximo ano, que aumentaram a preocupação do mercado com a questão fiscal no país.
A cotação do dólar também foi afetada e a moeda norte-americana subiu forte, com uma alta de 1,44%. Os juros futuros (DIS) também subiram, com os vencimentos de 2026 a 2029 saltaram mais de 3%.
Declarações de Haddad
No começo do dia, Haddad tinha realizado uma reunião a portas fechadas com o diretor-presidente do banco Santander, Mario Roberto Opice Leão, e outros convidados da instituição financeira.
Segundo fontes que participaram da reunião, o ministro teria deixado entender que mudanças no arcabouço fiscal poderiam ser realizadas a depender do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O mercado reagiu mal a essa notícia, e Haddad foi obrigado a negar. O ministro disse que a informação era “falsa”.