Pela primeira vez desde junho do ano passado, o dólar comercial encerrou abaixo dos R$ 5 nesta segunda-feira, 21. Em paralelo, a bolsa subiu. Os ativos domésticos foram beneficiados pelo dia de alta em commodities importantes para o nosso mercado, como o petróleo e o minério de ferro.
A moeda norte-americana terminou com baixa de 1,45%, negociada a R$ 4,95. A vez mais recente que a divisa fechara a barreira dos R$ 5 foi em 30 de junho de 2021, quando terminou cotada a R$ 4,97. O Índice Ibovespa subiu quase 0,80%, a aproximadamente 120 mil pontos.
No pregão, os investidores seguiram acompanhando os desdobramentos das negociações entre a Rússia e a Ucrânia, com mais tentativas frustradas para encerrar o conflito, e repercutiram falas do presidente do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, Jerome Powell.
Investimento estrangeiro
Um dos fatores que fizeram o dólar fechar abaixo de R$ 5 foi o alto volume de investimento estrangeiro que o Brasil vem recebendo A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, registra alta de 7,70% nesses investimentos em 2022.
Em linhas gerais, a regra segue a lei da oferta e demanda: se o investidor de fora põe mais dólares na economia brasileira, haverá um volume maior da moeda por aqui. Portanto, quanto maior a oferta, menor o preço.
Neste ano, o investimento estrangeiro na bolsa passa dos US$ 50 bilhões.
Os altos juros no Brasil também elevam a cotação do real frente ao dólar. A diferença entre as taxas internas e no mercado externo incentiva o chamado carry trade: o investidor toma dinheiro em países com taxas baixas e coloca onde os juros são maiores, obtendo mais rentabilidade.
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