A cotação do dólar manteve nesta segunda-feira, 13, a tendência de aumento no mercado brasileiro, influenciada principalmente pela expectativa de alta de juros nos Estados Unidos nesta semana.
Durante a manhã desta segunda-feira, a moeda norte-americana chegou a ser cotada em R$ 5,13. Já no começo da tarde, o dólar apresentou leve recuo e, por fim, fechou o pregão em R$ 5,11, com alta de 2,56%.
Na sexta-feira, o dólar havia acumulado a maior alta semanal em um ano, de 4,39%, a mais elevada desde março de 2021 (5,74%).
Com o resultado desta segunda-feira, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 7,64% no mês. No ano, tem desvalorização de 8,26% frente ao real.
Expectativa pelos juros norte-americanos
Os mercados apresentam agitação em um momento importante das finanças dos Estados Unidos, que costumam ditar os padrões da economia mundial. Na última semana, o país divulgou dados do Índide de Preços ao Consumidor, com alta acumulada de 8,6% em 12 meses, maior elevação da inflação em quatro décadas.
Nesta semana, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, divulgue uma nova alta na taxa básica de juros no país, em medida de combate à inflação.
Desde março, o Federal Reserve já elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual. Na próxima quarta-feira, o banco volta a atualizar o índice, com previsão de mais um aumento, de pelo menos 0,5, segundo expectativa do mercado.
Além do novo anúncio do Fed, os investidores também aguardam a movimentação da semana no Banco Central brasileiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) vai anunciar revisão na taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 12,75%. A tendência é de aumento de 0,5 ponto porcentual.