Em 2020, no início da pandemia de covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou com uma retração de 3,9%.
Nesta sexta-feira, 4, após revisão, a baixa da economia nacional passou para 3,3%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado de 2020 reflete os impactos do começo da pandemia. Na época, os governos estaduais fecharam os comércios e impediram as atividades comerciais, com a adoção de medidas de isolamento social.
A baixa da circulação de pessoas derrubou setores dependentes da interação direta com consumidores. Foi o caso de parte dos serviços, o principal segmento da economia brasileira.
“Foi uma queda muito localizada nos serviços, principalmente nos serviços presenciais, paralisados durante a pandemia, como hotéis, restaurantes, cinema e entretenimento, viagens e os serviços domésticos”, apontou Cristiano Martins, gerente de bens e serviços das Contas Nacionais do IBGE.
Em valores correntes, o PIB foi de R$ 7,6 trilhões em 2020. A revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobre serviços, afirmou o instituto.
O setor de serviços passou de uma queda de 4,3% para uma baixa de 3,7%, menos intensa. O desempenho da indústria também foi revisado: de retração de 3,4% para recuo de 3%. Já o crescimento da agropecuária em 2020 ficou maior, de 3,8% para 4,2%.
A queda de 3,3% em 2020 é a maior desde 2016, quando a baixa também ficou em 3,3%. O maior tombo da série histórica do IBGE, com dados desde 1996, ocorreu em 2015. À época, o PIB recuou 3,5%.