O Ministério da Fazenda aumentou de 3,7% para 3,9% a estimativa para a inflação do Brasil neste ano. A projeção foi divulgada, nesta quinta-feira, 18, pela Secretaria de Política Econômica no Boletim Macrofiscal, submetido a pasta.
De acordo com a equipe econômica, a revisão considera os impactos causados pela alta do dólar e a catástrofe causada pelas fortes enchentes no Rio Grande do Sul. Além disso, o aumento no preço da gasolina também teria influenciado.
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A estimativa se aproxima do teto da meta de inflação. A ideia é terminar o ano com o índice de preço em 3%. No entanto, existe uma tolerância de 1,5 ponto percentual.
O indicador é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Para 2025, a Fazenda espera uma inflação de 3,3% ao fim do ano. No boletim de maio, a expectativa era de 3,2%.
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O índice de inflação são usados para medir a variação dos preços, portanto, quanto vale o dinheiro realmente.
Estimativa do PIB
O boletim informou que a Fazenda manteve em 2,5% a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção para o próximo ano é crescer 2,6%, expectativa menor do que a de maio — 2,8%.
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Sobre as fortes chuvas no RS, o governo federal alega que as perdas devem ser compensadas a curto prazo pelos auxílios promovidos. O PIB do RS pesa aproximadamente 6,5% no PIB nacional. Em maio, a expectativa era de que as fortes chuvas levassem a perdas na economia no segundo trimestre, mas que seriam compensadas ao longo do ano.
Conforme a equipe econômica, as atividades ligadas à agropecuária e à indústria de transformação seriam as mais impactadas. Em decorrência da catástrofe, o governo criou crédito extraordinário ao Estado e lançou linhas de crédito a empreendedores, financiamento de casas pelo Minha Casa, Minha Vida, além de outros programas de auxílio.
O Boletim Macrofiscal traz projeções do PIB e inflação para o ano. Na avaliação de maio, a Fazenda aumento a projeção do PIB para 2,5% neste ano, com relação a 2023.
No entanto, a conta não considerou o impacto financeiro do desastre que ocorreu no RS, entre abril e maio. À época, o governo federal informou que a “magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas”.