Para a agência de classificação de risco Fitch Ratings, o Brasil precisa ter regras fiscais estáveis para voltar a ter o grau de investimento.
Segundo o diretor executivo da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Rafael Guedes, é crucial para o Brasil ter regras fiscais estáveis para melhorar sua classificação de risco.
A empresa fornece notas sobre o grau de solvência e responsabilidade fiscal de diferentes países. As notas variam entre AAA (grau elevado de qualidade de crédito) e D (inadimplente).
A situação financeira do Brasil no próximo ano não será o único fator a determinar a classificação do país, menciona Guedes em entrevista ao Estadão/Broadcast.
O diretor observou que o Brasil enfrenta desafios em relação ao seu déficit fiscal, o que significa que o país gasta mais do que arrecada. Ele também mencionou que a estabilidade das regras econômicas é essencial para atrair investimentos e promover o crescimento econômico.
Contudo, o executivo acredita que o governo pode adotar medidas para aumentar a receita ou reduzir o déficit.
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Para o Brasil melhorar sua situação financeira, e potencialmente obter uma classificação melhor, são necessárias reformas contínuas, estabilidade das regras, redução do endividamento e um ambiente propício para investimentos.
Caso o Brasil faça progressos significativos nessas áreas nos próximos três anos, é possível que sua classificação financeira melhore.
Responsabilidade fiscal pode subir classificação do Brasil
Em agosto, a Fitch Ratings elevou os IDRs (Ratings de Inadimplência do Emissor) em moedas locais e estrangeiras de seis governos locais e regionais do Brasil para ‘BB’, de ‘BB-’.
A perspectiva é estável, e os governos emissores referentes às notas são:
- Município de São Paulo
- Município de Niterói
- Estado do Paraná
- Estado de São Paulo
- Estado de Alagoas
- Estado de Rio de Janeiro
Quando questionado sobre a revisão da meta do arcabouço fiscal, Guedes diz que não é uma solução bem-vista pelo mercado e pelas agências de rating.
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Segundo Guedes, “O que a equipe econômica defende é: ‘Vamos fazer o nosso melhor e o que for possível para atingir essa meta’. Sabe que existem alguns controles como o contingenciamento”.
“Certamente, não é uma solução bem-vista nem pelas agências de rating nem pelo mercado mudar a regra no primeiro momento de dificuldade”, disse o diretor da Fitch.