O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira, 10, uma redução na previsão de crescimento da economia global.
Em seu relatório semestral, o Perspectiva Econômica Global, o FMI destacou os efeitos da crise imobiliária da China.
O fundo afirmou que a expansão global permanece baixa e desigual, apesar da “força notável” da economia americana.
A previsão de crescimento segundo o FMI se manteve para 3%. Contudo, a estimativa para 2024 teve diminuição de 0,1%, caindo para 2,9%.
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Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do fundo, explicou que a economia global ainda está se recuperando da pandemia de Covid-19, Guerra da Ucrânia e da crise energética.
Contudo, as perspectivas de crescimento estão cada vez mais divergentes em todo o mundo. As tendências da expansão a médio prazo são “medíocres”, disse o economista.
Gourinchas diz que as previsões gerais indicam um pouso suave, mas a preocupação do FMI se volta aos riscos da crise imobiliária na China.
Além da volatilidade dos preços das matérias-primas, a fragmentação geopolítica e o ressurgimento da inflação são questões concernentes a uma erupção da crise chinesa.
Perspectivas de riscos do FMI com o novo conflito em Israel
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Além das questões dos últimos anos, há agora novos riscos gerados pelo recém conflito entre Israel e Palestina. Riscos estes não sinalizados no relatório do FMI, uma vez que teve seu fechamento em 26 de setembro.
“Dependendo de como a situação se desdobrar, há muitos cenários diferentes que ainda nem começamos a explorar, então ainda não podemos fazer qualquer avaliação nesse momento”, disse Gourinchas à Reuters.
Um crescimento mais sólido está sendo estrangulado pelas sequelas da pandemia e da Guerra da Ucrânia, somados também aos aumentos das taxas de juros ao redor do globo.
A produção global total em 2023 deverá ficar 3,4%, ou cerca de US$ 3,6 trilhões, abaixo das projeções do fundo antes da pandemia.
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Na perspectiva do FMI, tem-se uma performance global menos sólida e mais hesitante. “Vemos uma economia global que está tropeçando e que ainda não está acelerando”, afirmou o economista–chefe.