Houve diminuição nos gastos com diárias, passagens e energia elétrica
Desde o início do estado de calamidade pública no país, milhares de servidores públicos federais foram liberados para trabalhar de casa. Do começo da medida até o início desta semana, a adoção do chamado home office fez com que o governo do presidente Jair Bolsonaro economizasse quase R$ 500 milhões.
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De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia na segunda-feira, 3, o “trabalho remoto”, definição utilizada por órgãos públicos, foi responsável pela redução de R$ 466,4 milhões de despesas bancadas pela máquina pública da União. Diárias em hotéis, passagens de avião e serviços de energia elétrica e telecomunicação lideram a lista de diminuição de despesas, conforme informa a Agência Brasil.
A pasta pontua que o valor de R$ 466,4 milhões de economia apareceu na comparação dos gastos de março a junho de 2020 com o mesmo período do ano passado. Assim, constatou-se que só na parte de diárias e passagens, a redução foi de 67,5%. Isso porque —sem home office — em 2019 o governo havia gasto R$ 271,4 milhões com esses itens relacionados a viagens feitas por servidores.
Faz muito tempo que essa medida poderia ter sido adotada pelo serviço público federal e não apenas agora em função da pandemia.As vídeo conferências e encontros por tantas ferramentas à distância existentes na internet já poderiam estar promovendo essas economias em todos os Ministérios e Estatais.O que ocorre é uma verdadeira indústria movida por interesses particulares e corporativos que enviam servidores para todos os cantos do país sem a mínima necessidade de suas presenças físicas, salvo os casos de fiscalização presencial. As diárias passaram a compor parte fixa dos salários e oportunidades para viajar e conhecer o Brasil de graça com hospedagem e alimentação pagos por nós.A grande maioria- grande mesmo- das viagens podem nos dias de hoje ser simplesmente evitadas, mas não se iludam: acabando a pandemia, a farra vai voltar com força total.
Economizaria mais ainda se o STF tivesse vergonha na cara… Continuaram a gastar horrores na quarentena.