A carga de energia no Brasil deve ficar no patamar de 1,7% em 2022, de acordo com previsão atualizada conjunta da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A projeção fica abaixo dos 2,7% estimados inicialmente, no fim do ano passado. Os órgãos envolvidos reduziram a previsão de carga para 70.739 megawatts (MW) médios em 2022, contra 71.373 MW médios esperados anteriormente.
De acordo com a projeção atualizada, este cenário considera principalmente a redução do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano, com expectativa de 0,6% de crescimento, contra 1,3% previsto inicialmente.
Também o impacto do conflito entre Ucrânia e Rússia, com os desdobramentos na conjuntura econômica mundial, foi levado em conta.
“Os impactos que restringem a atividade econômica estão refletidos, em grande parte, nas projeções de 2022 e 2023”, manifestaram os órgãos, em comunicado.
Já para o horizonte 2022-2026, os órgãos mantiveram a projeção de crescimento anual de 3,4% da carga, atingindo 80.818 MW médios ao final do período.
A expectativa é que, para os anos seguintes, um ambiente de maior estabilidade deve favorecer os investimentos, especialmente no setor de infraestrutura, com efeitos sobre a competitividade da economia e, consequentemente, proporcionando maior demanda energética.