A paralisação de auditores fiscais da Receita Federal, iniciada no final de 2021, agrava os impactos sobre as empresas de forma permanente, diz a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, 72% das companhias consultadas que importam ou exportam afirmam que a produção foi afetada.
A lentidão no processamento dos produtos, tanto na importação como na exportação, é o principal problema relatado pelas empresas.
Ainda segundo o levantamento, 21,2% das importadoras apontam a interrupção da produção. Em janeiro eram cerca de 8%. A greve na Receita dificulta o acesso das indústrias a insumos e matéria-prima para a manufatura. Nesse mesmo tipo de indústria, 23,9% dizem ter atrasos nas entregas por esse fator. Em janeiro também eram 7%.
O gerente de Comércio Exterior da CNI, Constanza Negri Biasutti, afirmou que o prolongamento da greve dos auditores agravou os obstáculos para a indústria nacional. “As empresas têm sofrido consequências negativas causadas pela pandemia, como o congestionamento nos portos, a falta de contêineres e altos valores de frete. Os impactos negativos que constatamos com a continuidade do movimento de greve se somam a esses fatores”.
Entre as empresas consultadas, 69% informam que sua produção foi afetada. No comércio exterior, a greve impõe dificuldades para 64% das empresas exportadoras e 79% das empresas importadoras.