Segunda maior produtora de cerveja do mundo, a Heineken anunciou nesta segunda-feira, 28, que está encerrando sua operação na Rússia. Em comunicado, a companhia holandesa explicou que a medida se deu em virtude do clima de insegurança no país em tempos de conflito com a Ucrânia.
A Heineken já havia suspendido as vendas e a produção de sua marca na Rússia. Agora, decidiu interromper também investimentos e exportações para o país. A empresa alegou que os negócios não são mais sustentáveis em território russo e disse que não almeja lucros em seu processo de mover a operação para outro destino.
“Após a revisão estratégica de nossas operações anunciada anteriormente, concluímos que a propriedade do negócio da Heineken na Rússia não é mais sustentável nem viável no ambiente atual. Como resultado, decidimos deixar a Rússia”, informou a Heineken, em nota.
“Em todas as circunstâncias, garantimos que os salários de nossos 1,8 mil funcionários serão pagos até o fim de 2022 e faremos o possível para proteger o emprego futuro deles”, acrescentou o comunicado da empresa, sem detalhes sobre a política trabalhista.
Na manifestação oficial, e empresa de bebidas ainda informou que projeta um prejuízo de quase € 400 milhões (US$ 440 milhões) no processo de saída da Rússia.
Dessa forma, a Heineken é mais uma grande marca do mundo dos negócios a deixar a Rússia, em meio ao conflito militar na Ucrânia. Diversas empresas de nações ocidentais abandonaram o país em retaliação à invasão da Ucrânia, em ambiente de insegurança sobre o futuro de operações e de pressões de mercado.