O Ibovespa — principal índice de ações da Bolsa de Valores — fechou o mês de novembro com queda de 1,53%.
Na terça-feira 30, o índice registrou queda de 0,87% a 101.915 pontos. O Ibovespa encerrou a sessão com pior pontuação de fechamento desde julho do ano passado.
“Se perdermos os 100 mil pontos, vamos para os 94 mil e aí o mês de dezembro seria negativo. Mantendo os 100 mil, teríamos espaço para voltar aos 108 mil e depois para os 110 mil”, explicou Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.
O pregão do último dia do mês foi tenso pelas preocupações globais com a variante Ômicron. No mercado interno, o avanço da PEC dos Precatórios no Congresso serviu de contraponto.
Desse modo, novembro foi o quinto mês consecutivo de queda para o Ibovespa. No acumulado do ano, o recuo é de 14,37%.
O Ibovespa foi na mínima do dia depois que porta-vozes do Banco Central dos Estados Unidos (EUA) sinalizaram que as medidas de estímulo no país podem ser retiradas mais cedo que se pensava.
“Boa parte do que tinha para cair em Ibovespa relacionado a juros no Brasil já caiu. Mas quando surge um fato novo, que é negativo, há espaço para mais quedas, como a variante Ômicron e a expectativa de subir juros nos EUA antes do previsto”, afirmou o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz.
Os juros nos EUA, atualmente, estão próximos a zero. Uma elevação da taxa aumentaria a rentabilidade e atratividade dos títulos do Tesouro americano, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso tiraria capital de investimentos de risco e sobretudo de países emergentes, como Brasil.
O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,46%, a R$ 5,635 na compra e R$ 5,636 na venda. Apesar do movimento de alta nos últimos dias, a moeda americana acumulou ligeira queda, de 0,19%, em novembro.