O Banco Central do Brasil anunciou, nesta segunda-feira, 17, que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou um crescimento de 0,9% em janeiro de 2025, em relação ao mês anterior, dezembro de 2024. Este índice é considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB).
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Essa foi a maior alta desde junho do ano passado, quando o aumento foi de 1,1%. Comparado a janeiro de 2024, o IBC-Br apresentou um avanço de 3,6%. Nos 12 meses encerrados em janeiro de 2025, o crescimento acumulado atingiu 3,8%.
Diferenças entre o IBC-Br e o PIB
Embora o IBC-Br seja uma prévia do PIB, ele difere no cálculo, pois não considera o lado da demanda, ao contrário do PIB, calculado pelo IBGE, que incorpora essa variável. Em 2024, com altos gastos da União, a economia brasileira superou as previsões iniciais dos economistas, com uma expansão de 3,4%.
Para 2025, as projeções sugerem uma desaceleração, com crescimento previsto de apenas 1,99%. Essa queda é parcialmente atribuída à política monetária do Banco Central, que tem de aumentar a taxa de juros para conter a inflação.
Impactos do cenário internacional no Brasil

Além disso, incertezas no cenário internacional geram preocupações de recessão global. Se ocorrer, pode gerar um impacto negativo à economia mundial.
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, destacou a necessidade de desacelerar o crescimento econômico para controlar a inflação.
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“O PIB [do quarto trimestre de 2024] veio um pouco mais fraco do que o esperado”, afirmou, no começo deste mês. “Estamos vendo sinais de moderação [da atividade econômica].”
Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,25% ao ano. O Banco Central já aumentou os juros quatro vezes consecutivas e sinalizou uma nova elevação. Se confirmada, levará a taxa para 14,25% ao ano, na próxima quarta-feira, 19.