O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou nesta sexta-feira, 10, a inflação de maio, com acumulado de 8,6% nos últimos 12 meses. Este é o maior patamar do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) em quatro décadas, desde dezembro 1981.
O Índice de Preços ao Consumidor subiu 1% em maio, depois do avanço de 0,3% registrado em abril. Neste cenário, a tendência é que o Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, mantenha a política de aumentos graduais de 0,5 ponto porcentual na taxa de juros por mais alguns meses, na estratégia de combate à inflação.
Desde março, o Federal Reserve já elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto. Na próxima quarta-feira, o banco volta a atualizar o índice, com previsão de mais um aumento.
A inflação do último mês nos Estados Unidos foi impactada principalmente pelos aumentos no custo de energia elétrica, com alta acumulada de 34% nos últimos 12 meses.
Com alta de 4,1% em maio, a gasolina atingiu custo recorde, chegando a uma média de US$ 4,37 por galão. Em 12 meses, o combustível já subiu quase 49% no país, com impacto gerado pela crise internacional de petróleo, deflagrada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Já o índice de preços de alimentos teve alta de 10% no acumulado de 12 meses. Pela primeira vez, essa categoria atinge o patamar de dois dígitos desde março de 1981.
Por fim, o índice de moradias, que mede aluguéis e outros custos de moradia, registrou um aumento de 5,5%, o maior ganho em 12 meses desde 1991.
Culpa do Bolsonaro.