A taxa média de juros do cartão de crédito voltou a subir e atingiu 421,3% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira, 3. Essa é a maior taxa desde dezembro do ano passado.
O empréstimo do rotativo do cartão de crédito ocorre quando o consumidor não paga a fatura ou faz o pagamento parcial. O valor não pago é automaticamente parcelado pelo banco ou pela financeira, e sobre as parcelas incidem os juros.
Em janeiro deste ano, entrou em vigor uma determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN) que limita os juros do rotativo em 100%. A decisão foi tomada em dezembro de 2023.
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Cheque especial
De acordo com as informações divulgadas pelo BC, o cheque especial teve queda em março. Os juros chegaram a 127,6% ao ano, 4,5 pontos porcentuais acima do registrado em fevereiro.
As variações acontecem depois dos recentes movimento de corte na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano.
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Como driblar os altos juros do cartão de crédito
Os consumidores podem driblar os altos índices das modalidades com maiores taxas de juros do mercado com o empréstimo consignado, que desconta o pagamento das parcelas direto na folha de pagamento.
A linha de crédito registrou uma queda de 0,3 ponto porcentual em março, ficando em 23,5% ao ano — a menor desde fevereiro de 2022 (23,1% ao ano).
Dentro do consignado, as taxas variam de acordo com os grupos profissionais, sendo a menor delas aplicada aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que pagam 22,4% ao ano.
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Para os servidores públicos e trabalhadores do setor privado, as taxas são, respectivamente, de 22,7% e 38% ao ano.
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