O juro médio cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito em 2022 subiu 13,9 pontos porcentuais de novembro para dezembro, informou, nesta sexta-feira, 27, o Banco Central. A taxa passou de 395,4% para 409,3% ao ano.
No fim de 2021, o juro era de 347,4% — aumento de 61,9 pontos porcentuais em um ano. O rotativo do cartão consiste em uma modalidade de crédito concedido quando o pagamento integral da fatura não é efetuado até o vencimento.
No caso do valor parcelado, ainda dentro do cartão de crédito, o juro passou de 180% para 182,4% ao ano. Já no caso do juro total do cartão de crédito, que leva em consideração a somatória de operações do rotativo e do parcelado, a taxa regrediu de 100,5% para 94,1%. Em dezembro do ano anterior, as taxas eram de 168,5% e 63,6%, respectivamente.
Desde abril de 2017, há uma regra que obriga bancos e operadoras de cartões de crédito a transferirem, depois de um mês sem pagamento, a dívida do rotativo para o parcelado, com taxas mais baixas de juros. A medida tinha o objetivo de diminuir o risco de inadimplência, porque, em tese, o valor do pagamento cai com a migração para o parcelado.
A taxa média de juros do crédito livre deixou de subir e se estabilizou em 43,5% ao ano. O valor anterior era de 42%. Em dezembro de 2021, era de 33%. Para pessoas físicas, a média de juros do crédito livre passou de 57,9% para 55,8%, entre novembro e dezembro, ao passo que para pessoas jurídicas o número foi de 23,3% para 23,1%, também mantendo estabilidade. No crédito livre para pessoas físicas, a taxa passou de 133,5% para 131,9% ao ano.
A taxa média de juros no crédito total, incluindo operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 31% ao ano em novembro para 29,9% em dezembro. Em 2021, o valor estava em 24,3%.