O mercado não reagiu de forma positiva à troca na presidência da Petrobras. Horas antes de o presidente Jair Bolsonaro anunciar que o general Joaquim Silva e Luna assumirá o comando da estatal no lugar de Roberto Castello Branco, investidores reagiram negativamente. As ações da companhia despencaram na bolsa de valores. Depois da confirmação da mudança, economistas manifestaram-se contra a decisão.
Diante da anunciada troca na diretoria da petrolífera, o economista e jornalista Luís Artur Nogueira chegou a falar em “populismo” e a comparar Bolsonaro com Dilma Rousseff. “Sou um economista liberal e não acredito no sucesso econômico do Brasil sem as reformas”, afirmou. “Se o governo Bolsonaro abandonar a agenda liberal e adotar o populismo econômico, vai dar errado como deu no governo Dilma. Depois não digam que faltou aviso”.
Para André Perfeito, economista chefe da Necton Investimentos, Bolsonaro deu um passo perigoso fora da trilha liberal que o elegeu. “A atitude do presidente foge à agenda política que o mantém no poder”, observou. “Ele não está sendo a pessoa que boa parte do mercado financeiro pensou que ele fosse. A troca na Petrobras gera dúvidas sobre outras pautas, como o real desejo do governo de aprovar as reformas administrativa e tributária”.
→ “Novo lockdown é um assassinato de empregos — por Luís Artur Nogueira”
Colunista da Revista Oeste e presidente do conselho deliberativo do Instituto Liberal, Rodrigo Constantino foi outro a se posicionar publicamente contra a mudança. “Bolsonaro acha adequado trocar o comando na Petrobras, tirando um liberal indicado por Paulo Guedes para colocar um milico”, destacou. Com a crítica, ele fez questão de enfatizar que o executivo demitido, Roberto Castello Branco, tinha a confiança do ministro da Economia.
“Um balde de gelo nas vendas de refinarias e um fuzilamento à queima roupa de qualquer possibilidade de privatização”
O economista e professor Ubiratan Jorge Iorio reforçou o coro contra a interferência do Palácio do Planalto na companhia. “A mudança significa mais do que as aparências sugerem”, observou. “Não é a simples troca de um bom gestor por outro, é a troca por um general, uma reverência ao passado e um ‘dane-se o futuro’, um balde de gelo nas vendas de refinarias e um fuzilamento à queima roupa de qualquer possibilidade de privatização. O atraso continua sendo ‘nosso'”. Iorio elogiou Castello Branco, a quem definiu como “economista respeitado e CEO consagrado” e alguém “que vinha fazendo um trabalho admirável.”
→ “A independência do Banco Central – por Ubiratan Jorge Iorio”
Além de economistas
Especialistas em economia de mercado não foram os únicos a comentar a decisão de Bolsonaro em colocar um general à frente de Petrobras. O tema também repercutiu no meio empresarial e político. O empresário Salim Mattar, por exemplo, mostrou-se iludido com o presidente da República. “Ele falava em tirar o Estado do cangote do cidadão. Mas foi um discurso de campanha”, declarou Mattar, que é fundador da Localiza e foi secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados de janeiro 2019 a agosto de 2020.
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), que assim como Mattar integrava o grupo de apoiadores de Bolsonaro, manifestou-se pelo Twitter . “O presidente da República precisa entender que ele não pode querer contornar toda e qualquer crise nomeando Generais, por mais competentes que sejam”, escreveu. “Sem falar na interferência…”.
Eu tenho muito respeito pelas Forças Armadas e pelo General indicado para presidir a Petrobrás, mas o Presidente da República precisa entender que ele não pode querer contornar toda e qualquer crise nomeando Generais, por mais competentes que sejam. Sem falar na interferência…
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) February 20, 2021
Admiro Constantino, mas por vezes da corda para seus inimigos e desconforta seus leitores com colocações agressivas e desnecessárias, como esta, se Bolsonaro acha adequado trocar o comando da Petrobras de um liberal para um “milico”. É preciso um pouco mais de cautela Constantino porque essa fala cabe bem para um Josias, Joel, Diogo, Thais e Noblat, que demonizam Bolsonaro diariamente.
Não é possível que você não saiba sendo amigo de Paulo Guedes, que Bolsonaro esta se virando sozinho para conter possível greve dos caminhoneiros que poderia prejudicar o abastecimento, exportações e outros problemas geradores de conflitos. No mesmo instante que com Paulo Guedes propõe eliminação de impostos federais sobre gás e diesel, mostrar transparência nos preços cobrados na bomba, propor no Congresso regulamentação de ICMS sobre combustíveis com notória oposição da maioria dos governadores, vem o competente presidente da Petrobras e diz que greve dos caminhoneiros não é problema da empresa e aumenta preços. Extremamente inflamável essa colocação para um Bolsonaro desastrado sim, mas com claro interesse em mudar o rumo deste pais.
Esse teu comportamento em muito lembra o do próprio Bolsonaro, mas eu entendo que teu vasto conhecimento politico econômico te levariam a compreensão do grave momento que o pais atravessa com pandemia, fiscal e político. Lembro que quando nosso saudoso Moro criou aquele enorme desconforto para Bolsonaro levianamente acusando-o de interferir na PF e que presidentes passados jamais o fizeram, você ficou indignado, mas posteriormente conheceu quais intenções tinha Moro insensível ao grave momento da pandemia.
Constantino, passei a assinar a Gazeta do Povo quando vi a nobreza de um veículo que não se deixou intimidar por cancelamentos que outros fizeram movidos por quem queria te destruir absurdamente te acusando de algo que você fez, portanto, não dê motivos para comentários nocivos de teus colegas que procuram qualquer brecha para te cancelar e procure tranquilizar teus comentários como você o fez em 01/01/2021 no artigo da revista oeste, “Uma mensagem de fé e de esperança”.
Forte abraço e vamos trabalhar para recuperar nosso pais e para evitar possíveis conflitos em 2022 apoiar o VOTO IMPRESSO, que tenho certeza que você sabe que não é inconstitucional porque “não viola o sigilo e a liberdade do voto”, como nos tenta enganar o STF.
Voce foi muito feliz na sua analise sobre o infeliz comentario do Costantino, nosso Brasil esta virando uma salada de especialistas em dar pitacos, o que eles não decobriram ainda é que o presidente teve 58 milhões de votos, pegou uma economia destroçada e contaminada por petistas na administração publica querendo derrubar o governo desde o dia da posse, e de quebra uma pandemia mundial arrebentando com economias mais fortes que a brasileira, fora essa imprensa pitaqueira que naõ da sossego um minuto sequer para que o governo governe sem ser criticado, eu cansei de endossar tudo que esse vulgos jornalistas e economistas liberais falam, quem quiser consertar o Brasil com suas brilhantes ideias 2022 esta logo ai, quem se abilita!
Costantino, tenho certeza que a sua vontade de acertar e consertar esse Pais, não é maior que a do presidente e seu Ministerio, então meu amigo fique na sua vendendo assinaturas, imoveis no Uruguai, e pedindo dinheiro para seus´´Patronos“e de um voto de confiança nesse governo que não rouba, não deixa roubar e que não vende fumaça,abs
A priori não gostei. Mudança muito arriscada, mas se for para fazer a limpeza política da estatal e não significar interferência de fato, não será ruim. A aposta, entretanto, é de alto risco. Observemos os fatos futuros.
Castelo Branco pode ser uma sumidade em economia, mas em política é um zero à esquerda. O aumento de 10% no diesel é indesculpável.
Ssss
Eu gostei dos comentários. Pensava ser o único a aceitar a medida. Liberal, conservador, reformista, socialista, o diabo que seja, o presidente da PB não poderia autorizar um aumento de 10% no diesel no meio de um tremendo custo político de discussão de preço de combustíveis. O Castello Branco pode ser uma sumidade em economia, mas em política é um zero à esquerda. O Luna, milico de boa cepa, deve começar descutizando a Petrobrás, proibindo funcionário de fazer manifestação usando macacão laranja de serviço. Aquilo é um bem da empresa, e existem regras para seu uso.
Gostaria de saber aonde estava toda esta turma quando a Petrobrás foi literalmente saqueada diuturnamente pelos Governos de esquerda. Necessitamos de transparência na gestão de estatais. O general foi muito bem na gestão da Itaipu que também era um saco sem fundos, gerava prejuízos todos os anos até a posse do general e sua equipe. O Brasil não é para amadores, tem muitos interesses sendo contrariados.
Esse “chamados” economistas só estão preocupados com os milhares de reais perdidos nos últimos dias, não estão pensando no longo prazo.
Bolsonaro errou feio. Quem entende um pouco de economia sabe que uma intervenção governamental no mercado vai ter repercussões mais à frente, com custo multiplicado. Esse tipo de ação sempre gera uma reação cujos efeitos são piores que o problema que se tentou corrigir.
Vamos ver se entendi: segurando um pouquinho o preço interno dos combustíveis, o fluxo de caixa piora um pouco e o valor da ação cai. Os acionistas se ferram um pouco. Essa é a grita, mas fizeram corretamente a análise de risco?? Aparentemente não. Daí todo mundo chiando.
O meu total descrédito às instituições.
A Petrobras é um câncer. Tem que ter pulso firme. A mudança foi correta. Chega de privilégios para esses empresários da gasolina.
Comprem ações da Petrobrás. Elas irão valorizar muito com essa nova administração.
Se tirou um civil e colocou um general, é pq estava precisando. Aguardem o andamento.
Economistas consultados por um site gostam de dar pareceres catastróficos. 5 minutos de fama…
MANDA OS ECONOMISTAS P P Q OS PARIU