A Confederação Nacional da Indústria (CNI) deu início, nesta terça-feira, 16, a uma série de palestras sobre a transição para a economia verde no Brasil. Durante a abertura, Robson Braga de Andrade, presidente da instituição, disse que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas no planeta. O evento vai até a quarta-feira 17.
“Atualmente, as fontes renováveis têm uma participação de quase 50% na matriz energética brasileira, que é uma das mais limpas do mundo”, disse o presidente da CNI durante a abertura do evento.
“O Brasil também foi pioneiro na produção e no uso de biocombustíveis. Além disso, temos a mais rica biodiversidade e a maior floresta tropical do planeta. Com essas características admiráveis, reunimos condições para atrair recursos do financiamento climático, que seriam importantes para consolidar nossa trajetória rumo a uma economia verde”, acrescentou o presidente da CNI.
Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, também participou da abertura. Ele destacou que o Brasil tem cerca de 21 gigawatts de capacidade instalada para geração de energia eólica. Ou seja: 50% mais que a capacidade de usina hidrelétrica de Itaipu.
Além disso, Leite falou do potencial para a produção de energia eólica em alto-mar, por meio de geradores offshore: 700 gigawatts. Desse modo, 50 vezes mais que Itaipu. A região mais beneficiada seria a Nordeste, que poderia passar por um processo de industrialização.
A proposta do evento é promover o debate de propostas para a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP27), marcada para ocorrer no mês de novembro, no Egito.
Na cerimônia de abertura de hoje também estavam presentes o embaixador-chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez; o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles; e da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Por videoconferência, também participou o embaixador do Egito no Brasil, Wael Aboulmagd.
As ações brasileiras precisam de marketing promocional e comparativo com o que é utilizado mundialmente, principalmente por países que criticam abertamente a atuação brasileira.
É preciso engrossar o tom do discurso na defesa das ações brasileiras em prol do meio ambiente.
Narrativas ideologizadas sobre o meio ambiente são armas de pressão e coação.
Para ser levada a sério, a discussão sobre o meio ambiente tem que sair do discurso ideológico.