A Bolsa de Valores brasileira (B3) fechou setembro no vermelho. Principal índice de ações da B3, o Ibovespa teve um tombo de 6,5%, terceiro mês seguido de queda.
O último trimestre do ano começa com desdobramentos aqui no país e no mercado externo que vão manter pressão sobre o índice brasileiro.
Fábio Klein, consultor econômico da Tendências, afirma que a Bolsa precisa de sinais que permitam uma retomada. Contudo, não há muitas perspectivas para outubro. “A pressão continua presente, com oscilações e volatilidade, impactando o mercado e dando sinais de aversão ao risco. Em outubro, a B3 deve caminhar de lado”, explicou.
Aqui no Brasil, os sinais aumentam as incertezas, sobretudo em relação a questões fiscais que rondam o orçamento de 2022, a PEC dos precatórios e a elevação da taxa de juros.
Lá fora, as bolsas globais sinalizam o retorno da aversão ao risco com a proximidade do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos) em retirar os estímulos monetários no país. Além disso, a inflação elevada, a crise energética global e os riscos regulatórios provenientes da China também vão continuar preocupando os investidores.
“A combinação desses fatores pressiona os ativos brasileiros, sendo ruim para a renda variável que gosta de perspectiva positiva”, disse Fábio Klein.
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