Depois de mais de dez semanas de projeção de queda ou de estabilidade na inflação em 2023, o mercado financeiro voltou a projetar alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central, mostra que os analistas projetam inflação de 4,9% em 2023, ante a projeção de 4,84% na semana anterior.
A expectativa de alta da inflação veio depois que a Petrobras autorizou o aumento de 16,3% no preço da gasolina e de 25,8% no do óleo diesel. Os preços dos combustíveis estavam artificialmente represados, depois que a estatal acabou com a política de paridade de importação e deixou de seguir os preços praticados no mercado internacional.
Para 2024 e 2025, os analistas mantiveram as projeções da semana passada para o IPCA de 3,86% e 3,5%, respectivamente.
Fora a inflação, mercado projeta PIB estável e dólar mais alto
Para o crescimento da economia, a projeção da semana anterior foi mantida. Os analistas de mercado esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,29% em 2023. Para o ano que vem, a expectativa passou de 1,3% na semana anterior para 1,33%. Já para 2025, a expectativa foi a mesma da semana anterior: 1,9%.
A estabilidade também foi projetada para a Selic. Os analistas estimam que a taxa de juros fechará 2023 em 11,75%, mesmo porcentual da semana anterior.
Já a expectativa para o câmbio, que não tinha previsão de alta há mais de dez semana, voltou a subir. Os analistas de mercado projetam que o dólar fechará o ano valendo R$ 4,95, ante a projeção de R$ 4,93, na semana anterior.
Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, inflação, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.
Leia também: O PT está quebrando a Petrobras. De novo, reportagem publicada na Edição 178 da Revista Oeste.
Ainda vem mais pela frente.
Este desgoverno não vai conseguir segurara as pontas.
Aguardem…
É preciso fazer uma revisão para baixo, na inflação. O novo presidente do IBGE Marcio Pochmann dará um jeito nos índices.