A partir desta segunda-feira, 17, a Mobly passará a se chamar Grupo Toky, resultado da fusão entre Mobly e Tok&Stok. A mudança reflete a integração das duas marcas e a consolidação do negócio, com um olhar voltado para uma possível expansão futura com novas marcas.
A ideia por trás do novo nome é simbolizar a união de conceitos: “toque”, de acordo com o CEO do grupo, Victor Noda, “é uma essência muito forte do que esperamos para o novo grupo”, enquanto “y” representa a entrada da Mobly. Esta última, diz ele, traz um diferencial de tecnologia, de inovação, de um negócio com muito mais modelos logísticos.
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O objetivo, segundo Noda, é manter o que a Tok&Stok criou e transmitir para a Mobly esse conceito de sortimento diferenciado. Ele destaca que a mudança de nome visa reforçar a união interna das empresas e preparar a companhia para um futuro mais integrado.

No entanto, para os consumidores, não haverá alterações. Cada marca vai continuar a operar de forma independente, com público-alvo e posicionamento distintos. As três integrantes do grupo — além da Mobly e Tok&Stok, há a varejista de colchões Guldi — vão continuar operando como hoje, cada uma com seu público-alvo, posicionamento e produtos.
A Tok&Stok é mais focada no público de classe A, enquanto a Mobly é para os B e C.
Também não há planos para alterar as lojas físicas ou os processos operacionais de momento. O foco está em melhorar a estrutura interna, como logística e tecnologia, e transformar a marca Mobly, falou ainda o CEO do grupo. Há ainda planos de redesign para a Guldi e estudos sobre novas verticais de expansão no futuro.
Quem vai pagar essa conta?
— Jayme Simão (@JaymeSimao) March 3, 2025
Os fundadores da Tok&Stok tentam fechar o capital da Mobly #MBLY3 com uma oferta pelo controle a R$ 0,68/ação — 50% de desconto do fechamento da última sexta, e mais de 94% abaixo do inflado IPO de 2021.
O problema? A CVM 361 exige OPA por preço… https://t.co/fM8rj2jj8a pic.twitter.com/4kCzypvvyC
Na prática, novo nome da Mobly muda comunicação com investidores
O anúncio vem pouco antes da divulgação dos resultados da Mobly do quarto trimestre e de 2024 como um todo, programada para o próximo dia 28. Noda explica que a mudança de nome já estava prevista, mas saiu antecipadamente para que o primeiro resultado já com as duas marcas reunidas em uma só operação seja divulgado tendo Toky como identidade da companhia.
A alteração do nome afeta principalmente a comunicação com investidores e, possivelmente, o código da ação da na Bolsa de Valores, que deve mudar de MBLY3 para TOKY3, caso os acionistas aprovem.
A mudança também acontece enquanto a família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, tenta adquirir o controle da Mobly. No último dia 9, eles enviaram por carta uma proposta para compra do controle da companhia.
Mbly3 -22% após resultados.
— Truecaller (@Samuelsworld) November 10, 2023
Aquele famoso avisados foram né.
🚨A #Mobly apresentou #prejuízo líquido de R$ 24,3 milhões no terceiro trimestre, #alta de 26,3% em relação ao apresentado no mesmo período de 2022. https://t.co/4oxk4qqtoM pic.twitter.com/2KlxiR2pqw
No entanto, Noda reforçou que a mudança de nome não está relacionada à proposta de compra, e que não há diálogo direto com os Dubrule no momento. Ele também diz não saber se a assembleia de acionistas já agendada vai discutir a proposta enviada pelos fundadores da Tok&Stok.
“Confesso que eu não faço ideia ainda”, disse ele ao jornal O Globo. “Essa questão do pedido, acho que depende muito do que os acionistas pedirem. Ainda está cedo para a gente saber.”
Em agosto passado, a Mobly — controlada pela alemã Home 24 — fechou um acordo com a gestora de fundos SPX para fazer uma fusão com a Tok&Stok. A gestora havia comprado o controle dos Dubrule em 2012, mas a família se opôs à transação do ano passado.