Começou nesta sexta-feira, 29, a terceira fase de implementação do open banking — sistema que permite troca de dados de clientes e de informações de instituições financeiras.
A principal mudança é a possibilidade de fazer um pagamento via Pix — sistema de pagamento instantâneo — sem que seja necessário usar o aplicativo do banco em que possui conta.
Na prática, o consumidor poderá abrir um aplicativo de mensagens instantâneas ou de serviços de entrega, por exemplo, e transferir valores por Pix de uma conta para a outra sem precisar sair da interface do app.
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Funcionamento por etapas
A terceira fase funcionará em etapas, com o intuito de testar gradualmente a segurança e a adesão das novas ferramentas.
- 15 de fevereiro de 2022: pagamentos com TED e transferência direta entre contas na mesma instituição
- 30 de junho de 2022: pagamentos de boletos
- 30 de setembro de 2022: pagamentos com débito em conta
Encaminhamento de proposta de crédito só em 2022
Outra novidade da terceira fase do open banking é o encaminhamento de proposta de crédito. Se o consumidor autorizar as instituições financeiras a terem acesso a seus dados, elas poderão enviar propostas.
Isso fará com que os usuários possuam um aumento considerável de oferta de crédito. Esta etapa só começa a valer em 30 de março de 2022.
“Antes, a pessoa batia de porta em porta pedindo financiamento. Agora, isso vai se inverter. Com o histórico do consumidor em mãos, as instituições financeiras que vão procurar o indivíduo e oferecer as melhores ofertas disponíveis”, informou a Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central.
Fases anteriores
A primeira e a segunda fases tiveram foco na conexão de dados, permitindo aos usuários a portabilidade de suas informações cadastrais de uma instituição financeira para outra sem precisar fazer um novo cadastro ou abrir uma nova conta.
Dessa forma, as instituições financeiras conseguem armazenar os dados dos usuários e acessar seu histórico de outro banco, por exemplo. As informações só podem ser compartilhadas entre as entidades com o consentimento do usuário.
Próximos passos
A quarta fase é a última etapa do open banking e busca ampliar mais as conexões de dados. Nela, será possível que o compartilhamento de informações viabilize novos empreendimentos, como seguradoras, corretoras e outras empresas que possam fornecer ofertas de seus serviços por meio do histórico e do perfil do indivíduo.
Em resumo, deixará de ser uma questão bancária para ser ampliada a tudo que envolva as finanças dos usuários.