O ano começou com 70 milhões de brasileiros inadimplentes. O número bateu recorde, segundo os dados divulgados pelo Serasa, nesta segunda-feira, 27. O índice é o maior patamar de inadimplência já registrado pela instituição. No início da pandemia, eram 60 milhões.
Ainda conforme as informações, em média, cada CPF possui três dívidas, o que resulta em uma dívida líquida de R$ 323 bilhões.
A curva de endividados começou a subir em setembro de 2021, e o motivo apontado é a alta inflação, que corrói a renda do trabalhador, somada à elevação dos juros. As maiores dívidas são com os bancos e as financeiras.
Renegociação de dívidas
Os bancos de todo o país iniciam a partir de 1º de março um mutirão de renegociação de dívidas dos clientes. A ação é promovida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Banco Central, a Secretaria Nacional do Consumidor e o Procon.
Será possível renegociar débitos em atraso diretamente com os bancos, em seus canais na internet, telefone e agências, ou pelo portal do governo (consumidor.gov.br). A ação vai até o dia 31 de março.
Estão na lista de negociação as dívidas em cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito, com exceção das que tenham bens dados em garantia (como veículos, motocicletas e imóveis).
As condições como número de parcelas, porcentual de desconto e se há perdão ou não da multa variam conforme cada instituição e serão negociadas diretamente com o cliente.
A última edição do mutirão ocorreu em novembro de 2022. Segundo a Febraban, foram renegociados 2,3 milhões de contratos. A ação ocorre duas vezes por ano, em março e novembro.
Vai piorar muito neste desgoverno. O desemprego e a inflação estão vindo a galope. Rumo a Venezuela!