Em artigo publicado na Edição 55 da Revista Oeste, Ubiratan Jorge Iorio explica como os lídimos representantes do povo mandaram a responsabilidade fiscal às favas ao elaborar o tosco Orçamento da União para 2021.
Leia um trecho
“Estes tempos insólitos, nada mais parece ser capaz de nos surpreender. Somos diariamente abastecidos com relatos de decisões estapafúrdias, atitudes disparatadas e condutas bizarras, de intensidade e estranheza inaceitáveis, em um ambiente de incerteza e insegurança jurídica sem precedentes. A tarefa desgastante de buscar alguma racionalidade nesses fatos só nos fornece uma resposta, que é a carência absoluta de limites éticos e legais consagrados pela tradição e indispensáveis para conformar as ações humanas em busca de poder às requeridas por uma sociedade livre e virtuosa.
Um dos exemplos mais recentes do manicômio em que se transformou a política no Brasil é a polêmica entre o Legislativo e o Executivo provocada pelo Orçamento da União para 2021 que o Congresso aprovou no final de março. Trata-se de uma obra indecorosa, peça inacreditável de cinismo, em que os representantes do “povo” — ou seja, dos pagadores dos impostos que os sustentam — arreganham seus pontudos dentes não apenas sobre o Executivo, mas para qualquer ser, ou coisa, que ouse atrapalhar seus intentos de se locupletarem com o poder. Não importam as mortes, o pânico, a clausura e os problemas econômicos associados à pandemia, nem o momento gravíssimo que o país e o mundo atravessam, porque o que realmente os motiva são intentos individuais e corporativos.”
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Revista Oeste
A Edição 55 da Revista Oeste vai além da coluna de Ubiratan Jorge Iorio sobre os problemas do Orçamento da União para 2021. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J. R. Guzzo, Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Dagomir Marquezi, Rodrigo Constantino e Silvio Navarro.
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